sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Presépios


Presépio # Concha de Natal # Símbolo Cristão

Muito antes de adotar a tradição da Árvore de Natal, os cristãos já celebravam a época natalícia com a montagem de presépios. A palavra "presépio" vem do latim praesepe e significa "estábulo", "curral". 
Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Variam em tamanho e materiais utilizados, alguns em miniatura, outros em tamanho real. Acredita-se que o primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis, em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de natal numa igreja, Francisco o fez na floresta da cidade de Greccio, na Itália, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal aos camponeses, que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. 
O costume de montar presépios espalhou-se entre as principais catedrais, igrejas e mosteiros da Europa durante a Idade Média. Durante o Renascimento, os reis e nobres começaram a montá-los também em suas casas, mesclando então conceitos religiosos e artísticos. 
No Século 18 o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo. 

No Brasil, acredita-se que a cena externa do presépio foi apresentada pela primeira vez aos índios e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do padre José de Anchieta. O presépio interno foi registrado pela primeira vez em solo brasileiro no século 17, por iniciativa do franciscano frei Gaspar de Santo Agostinho, que o montou em Olinda (Pernambuco).

Fonte:
Wikipédia
Presépio

Presépio em resina

Depois de uns tantos anos vividos e negligências cometidas, em minha opinião o símbolo que melhor representa o natal não é o Papai Noel ou a árvore de natal, é o presépio, que nos lembra o motivo para celebrar a época: o nascimento de Jesus Cristo e tudo de bom que nele se associa.
A mensagem de fé, humildade e confraternização representada pela cena do presépio é um convite à religiosidade!
Pensando nisso, pesquisei 10 imagens para esta postagem que representassem, de modo livre, a ideia de surgimento, acolhimento e elevação que acredito sintetizar o espírito natalino, do ponto de vista religioso.
Presépio em porcelana

Minha intenção com esta publicação é lembrar que podemos mais do que copiar o que a maioria faz, colocando um toque de nossa personalidade e criatividade nesta celebração, com ações e decorações que nos representem sinceramente e coerentemente. 
O Natal deve ser época de agradecimento por dádivas como saúde e liberdade, a proximidade de quem nos é importante, a possibilidade de termos acesso ao que é fundamental para uma vivência digna. Natal é a celebração do aniversário de Jesus, que nos chama à espiritualização, generosidade e simplicidade.

Desejo a todos nós um Natal mais real e individual, focado na percepção e vivência do que é essencial e benéfico. E que possamos dividir um pouco disso com os próximos e com os desconhecidos, mesmo que seja só nessa época, para lembrar que isso é possível e bom. Viva o espírito natalino! Viva o seu Natal!

Presépio estilizado

Presépio em biscuit

Presépio em cerâmica
Presépio em tecido

Presépio em madeira
Presépio em pedra
Presépio em caixa de fósforos

Para ver uma publicação deste blog sobre as origens da celebração do Natal, acesse:
https://historiasylvio.blogspot.com.br/2017/12/origem-do-natal.html 

Fontes de referênciaInspiradoras coleções de imagens )

Pinterest
Presépios Rosário Oliveira )
https://br.pinterest.com/mimosdarosario/pres%C3%A9pios 

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Presépios Clara Cruz )
https://br.pinterest.com/claracmcruz/pres%C3%A9pios 

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Preciosos Presépios ( Jussara Neves )
https://br.pinterest.com/jussaranr/preciosos-pres%C3%A9pios 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

300 anos de Minas Gerais

3 séculos de existência | 586,5 Km² de paixão

A Capitania das Minas foi criada em 2 de dezembro de 1720, portanto hoje, 2 de dezembro de 2020, Minas Gerais celebra 300 anos de existência como instituição.
A notícia da descoberta de ouro na região da atual Minas Gerais mal tinha chegado, em 1707, ao Palácio dos Governadores, em Salvador (então capital da Colônia do Brasil, pertencente ao Império Português), e João de Lencastro, Governador-Geral do Brasil, temendo problemas, agiu com cautela determinando ações para isolar rapidamente a zona dos achados e que se fizesse o possível para fechar os caminhos de acesso e garantir o completo controle sobre a região; escrevendo de imediato ao rei de Portugal, Pedro II, para informar do achado e das providências. 
Não foi possível realizar tal pretensão! Na medida em que surgiam novas jazidas de ouro, um número cada vez maior de colonos e portugueses migraram para a região. Quando apareceram também os diamantes – mais raros e caros – houve um intenso fluxo de aventureiros em direção à promessa de fortuna rápida nas Minas Gerais, incluindo colonos de diversas partes do Brasil e outras colônias portuguesas espalhadas no planeta, portugueses da metrópole europeia, além de estrangeiros oficializados e clandestinos. 
A estes homens livres somou-se um número crescente de africanos escravizados. O sistema escravista de Minas Gerais no século 19 foi o maior que existiu em toda a história da instituição servil no Brasil. Durante este século a população escrava dessa região superou a de outras áreas brasileiras e apresentou um rápido crescimento: de aproximadamente 170 mil escravos em 1819, passou em 1872 a mais de 370 mil (numa população total de aproximadamente 2.040.000 na capitania).
Obs: O censo demográfico do Brasil de 1872 foi a primeira operação censitária realizada em território brasileiro, na época um império.


Fontes de referência:

G1 Minas Gerais
A Sedição de Vila Rica e a criação da Capitania das Minas

Wikipédia
Censo demográfico do Brasil de 1872
3 séculos de mineiridade

Histórico da evolução do território de Minas Gerais

 Em 1800, definiu-se a divisa com o Espírito Santo, a qual foi estendida até a Serra dos Aimorés. 
 Em 1816, as atuais regiões do Triângulo e Alto Paranaíba foram incorporadas a Minas Gerais – transferidas da Capitania de Goiás.
 Em 1824, o atual Noroeste de Minas deixou de pertencer a Pernambuco e foi incorporado a Minas Gerais. 
 Em 1843, a divisa com o Rio de Janeiro, estabelecida sem muita precisão desde 1709, foi fixada.
 Em 1857, o Vale do Jequitinhonha foi definitivamente transferido da Bahia para Minas Gerais.


Capitania do Rio de Janeiro
Imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitania_do_Rio_de_Janeiro 

Capitania de São Paulo e Minas de Ouro

Capitania de Minas Gerais e outras no Brasil em 1720

O atual território de Minas Gerais e suas divisas

Carta Régia que declara a separação das capitanias de São Paulo e das Minas
Transcrição do texto:
"Carta de 21 de fevereiro de 1720 na qual se declara que se tem resoluto criar-se hum novo governo em S. Paulo separado do de Minas, e que para se evitar a disputa entre os confins das Minas Gerais com o governo do Rio, Bahia e Pernambuco, tomasse ele, governador conde de Assumar, as informações necessárias sobre este particular, dando conta do que se assentar com o seu parecer, e se puder, tomar a resolução que for mais conveniente. (Maço 1º, fl. 233.)"

Em 1816, a atual região do Triângulo Mineiro foi incorporada a Minas Gerais, transferida da Capitania de Goiás. Estas terras eram conhecidas na época como Sertão da Farinha Podre, que estava localizado nos limites dos rios Paranaíba (ao norte) e Grande (ao sul). 
Credita-se tal transferência a Ana Jacinta de São José, conhecida como "Dona Beja". Ela chegou a Araxá (MG) com sua mãe e avô em 1805 e, à medida que se tornava moça, sua beleza cativou muitos admiradores. Em 1815, a bela jovem – então com apenas 13 anos – é raptada pelo ouvidor do Rei, Joaquim Inácio Silveira da Motta. Seu avô acabou morto pelos militares da escolta do ouvidor ao tentar evitar o rapto da neta. O ouvidor foge de Araxá e leva sua refém para a vila de Paracatu – então pertencente à Capitania de Goiás – onde podia contar com mais aliados para protegê-lo.
No ano seguinte, para fugir do processo judicial aberto devido ao assassinato do avô de Ana Jacinta, o ouvidor solicitou ao soberano português D. João VI que transferisse o Sertão da Farinha Podre (atual Triângulo Mineiro) da jurisdição de Goiás para Minas Gerais, pois tinha boas relações com o governador de Minas e não com o de Goiás. A transferência foi concedida e, tempos depois, foi arquivado o processo judicial contra o ouvidor.
Daí vem a tese de que a beleza de Dona Beja foi tão extraordinária que modificou o mapa do Brasil.


Fonte de referência:

Último Segundo
Com descoberta de ossada, Dona Beja volta a virar estrela em Minas


Fontes de referência:

G1
Minas 300 anos

domingo, 22 de novembro de 2020

Moro em mim

Sim, eu moro em mim
Autor: Mauro Fonseca

... e se eu não morasse em mim
me sentiria solitário
sem meus olhos, meu fígado atacado,
sem minhas mãos, meus rins gastos,
sem esse meu calo tão doído.

Se eu não morasse em mim
estaria com certeza desabrigado
sem minhas úlceras, minhas manias,
sem meus dentes caninos, minhas unhas afiadas
e jamais viveria com o vizinho do lado.

Se eu não morasse em mim
com meus pesadelos, minhas dúvidas
e minha voz tão pouca,
não saberia como são lindas
as estrelas que brilham
no céu da minha boca.

Adaptação do texto da página 65 do livro
Entre o aborto e o parto: uma antologia
Mauro Fonseca (Organização: Mauro Morais)
Funalfa, Juiz de Fora, 2015


Livro : Entre o aborto e o parto ( Capa )
Foto: Sylvio Bazote

Afirmativa
Autor: Mauro Fonseca

Estou
Entre a foto e o fato
Entre o aborto e o parto

Texto da página 71 do livro
Entre o aborto e o parto: uma antologia
Mauro Fonseca (Organização: Mauro Morais)
Funalfa, Juiz de Fora, 2015


Livro : Entre o aborto e o parto ( Contracapa )
Foto: Sylvio Bazote


Era 13 de janeiro de 1988 quando meu pai, aos 25 anos, deu um beijo em minha mãe e partiu dizendo voltar. Disse que ia a uma reunião ou coisa do tipo. Horas mais tarde uma corda e o desejo o fizeram encontrar a morte. Ele se enforcou nas escadas da Igreja São Mateus, com um filho de cinco meses no ventre da namorada. Eis o aborto. Quatro meses depois minha mãe entrou em uma sala de cirurgia e nasci. Eis o parto.
Não houve benção do padre nem missa de sétimo dia. Ele sabia que seria assim. Deixava para trás uma viagem ao norte do Brasil na qual contraiu Doença de Chagas e um coração que, ironicamente, não parava de crescer. Deixava também o que tenho agora: dois pequenos livros e mais de 300 poemas escritos em folhas de rascunho, guardanapos, folhetos e outros espaços inusitados, depois datilografados e organizados por um amigo.
O poema “Afirmativa”, publicado em 1984, resumiria uma relação que se fez de distante silêncio, num entre lugar de dores, rompimentos e a iminência constante do caos. Sobraram o vazio dos projetos e palavras.
Nos dois livretos que lançou, com tiragem de 150 exemplares cada, em 1982 (Não sou náufrago na ilha de ninguém) e 1984 (Não há sinal de porto algum), o poeta não se consagrou um reconhecido escritor. Faltou tempo e amadurecimento. Pelos mesmos motivos não terminou nenhuma das faculdades que começou.

Poucas fotografias, nenhuma roupa, nenhum vídeo para conhecer a voz e os gestos. De tudo que é vestígio e do pouco que me contam, o que mais se aproxima de uma presença são as palavras.
Dos escritos e fotos que guardo, distantes e envelhecidas, crio o meu pai. Boêmio, era assíduo nos bares do bairro São Mateus. Conta-me minha avó materna que disse-lhe que só casaria com minha mãe quando soubesse beber socialmente e no dia seguinte ele foi para o bar vestido de terno e gravata. A admiração pela narrativa cristã e a aflição pelas tradições e alianças da igreja o fizeram, certa vez, vestir o manto de Nossa Senhora e sair pela Procissão do Enterro, chocando as beatas e famílias tradicionais. Lembrado como uma pessoa demasiadamente sensível, capaz de jogar, da janela do seu quarto, agasalhos e cobertores aos mendigos que dormiam ao relento. Sentia-se à vontade em saraus, debates e palestras, num ambiente marginal diferente do amplo apartamento de classe média, com pai funcionário público e mãe dona de casa.
Toda morte é corte profundo. Meus avós, tios, minha mãe e amigos de meu pai ainda sentem as dores do corte de sua vida. A corda, a qual em dado momento fez retirar-lhe o ar de todos os dias seguintes, não foi o bastante para calar as palavras hoje guardadas em um envelope amarelado, contendo folhas igualmente desbotadas.

Nos poemas que herdei se percebe o homem sensível, o cidadão revoltado com os dias de chumbo da ditadura, o religioso angustiado na relação de amor e ódio com a igreja católica. Nas palavras construí minha história. Revelo-me como filho porque na reunião desta herança está um laço com o qual faço uma presença que nunca existiu. Duas vidas separadas pelos fatos, unidas pelos textos, que nenhuma foto dá conta de narrar.

Mauro Gabriel Morais da Fonseca
filho
organizador

sábado, 31 de outubro de 2020

Dia da dona de casa

31 de outubro - Dia da dona de casa
( e do dono de casa )

Dona de Casa: mulher multitarefa em tempo integral

Eu publico neste blog celebrações sobre dias vinculados à profissões, mas hoje destaco uma ocupação. Mesmo que não exista curso técnico ou faculdade, é uma atividade exercida há séculos, sendo inegavelmente um trabalho responsável pelo bem-estar pessoal e coletivo. 
Dona de casa ou dono de casa é a pessoa que assume a responsabilidade pelo funcionamento da rotina do lar e zelo cotidiano dos integrantes da família. Ganhar dinheiro para custear as necessidade e vontades é necessário e bom; mas ter comida pronta e saudável, roupas limpas e viver num ambiente limpo e organizado também é necessário e bom!
Em minha opinião, a diferença entre uma residência e um lar é que o primeiro é um lugar onde se habita, enquanto o segundo é um lugar que se tem como referência íntima de conforto e segurança. Nem toda residência é um lar! Residência é funcional, lar é emocional; e a pessoa responsável por esta qualificação é a dona/o dono de casa, que tem como função social manter o lar cuidado e funcional, comprando e preparando alimentos, encarregando-se dos filhos e animais de estimação, suprindo roupas e objetos cotidianos, entre outras tarefas. O aumento do patrimônio material e prosperidade de uma família se deve em muito à dona/ao dono de casa, numa atividade que não oferece férias e é vista com menosprezo por alguns.

Vamos valorizar e cuidar de quem cuida e valoriza nosso lar!

No Brasil, a aposentadoria remunerada como "dona de casa" foi criada em 2012, podendo o benefício ser concedido com alíquota reduzida para beneficiar as pessoas que passaram a vida fora do "mercado de trabalho" em atividades domésticas. Para tal é necessário:
- contribuição mensal de 5% do salário mínimo por no mínimo 15 anos;
- ter 65 anos de idade (homens) e 62 anos de idade (mulheres);
- inscrição no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) com a situação atualizada nos últimos dois anos;
- ter renda familiar de até dois salários mínimos;
- não ter renda própria de nenhum tipo (incluindo aluguel e pensão).

Dono de Casa: igualdade de deveres e direitos sem preconceito

Fontes de referência:

Portal São Francisco
Dia da Dona de Casa

Cursos CPT
Parabéns, dona de casa, hoje é o seu dia!
https://www.portalsaofrancisco.com.br/calendario-comemorativo/dia-mundial-dos-museus 

Uol Economia
Executivas se apoiam em maridos "donos de casa"

Impacto+
Brasileiros acreditam que homem que fica em casa para cuidar dos filhos é "menos homem"

domingo, 11 de outubro de 2020

Dissabor



Questão de gosto

Tinham acabado de lançar a água sanitária Super Globo, o rádio toda hora fazendo propaganda no intervalo das modas de viola. Altino Limeira era ouvinte cativo dos programas caipiras e, de tanto escutar a tal propaganda, foi ficando curioso. Um dia firmou o propósito de conhecer o novo produto na sua primeira ida à cidade.
Por isso, mal acabava de chegar a Lagoa Grande naquele domingo, foi direto ao Bar Polar, com vista para lagoa. Entrou, sentou no lugar de costume, de onde podia apreciar o movimento dos patos nadando e o povo andando de canoa. Refestelado na cadeira, Altino tirou uma tragada do seu fumo goiano – reservado para ocasiões de mais cortesia – deu um suspiro e pensou: “Êta vidinha boa!”
Para completar faltava pouca coisa. Então gritou o Mariano, que sempre o atendia:
– Vê aí pra mim uma Super Globo bem gelada. Ligeiro, que eu ando doido pra provar esse negócio!
O rapaz não sabia o que fazer. Limpou o balcão, espantou um mosquito com o pano, foi enrolando para ver se o homem desistia daquela ideia amalucada.
Teve que atender um pessoal que estava na mesa ao lado da do fazendeiro. Este então falou enérgico com ele, os dois punhos fechados sobre a mesa e o olhar queimando de raiva: 
– Tá brincando comigo? Cadê minha sanitária?
Apertado, Mariano respondeu:
– Já vai. Só um momentinho...
O velho não estava para brincadeira. Puxou um maço de notas do bolso, jogou na mesa e esbravejou ofendido:
– Meu dinheiro é tão bom quanto o dos outros! Quero beber essa merda dessa Super Globo agorinha, mesmo sem estar gelada.
Mariano viu que a coisa estava séria. Correu até a venda do lado, comprou uma garrafa e a colocou aberta na mesa do Altino, sem coragem de dar uma explicação ou de derramar o líquido no copo. Ficou com medo da reação do velho.
Altino Limeira então pegou a garrafa num gesto ávido, encheu o copo e virou na boca com vontade. Engoliu, fez uma careta horrorosa e exclamou decepcionado:
– Quá! Tanta propaganda, e nem por isso...
Passou seis meses a leite e biscoito de polvilho. Perdeu o gosto por moda de viola e a fé em qualquer novidade.

Texto adaptado do livro “Casos de Minas”, de Olavo Romano.
Págs. 53 e 54.
Edição: 1982

Livro - Casos de Minas

A memória de Minas Gerais recuperada em histórias e "causos" populares. Textos fluentes e com humor. O autor vai no fundo de sua memória e de lá resgata certas coisas que ele gostaria que não morressem: um som particular, um cheiro impregnado, bichos, gentes, situações. Ele não cai na arapuca das descrições, narra apenas. O estilo é limpo, sem maquiagem, e encaixa perfeitamente com as histórias. A sabedoria, a malandragem, a essência do homem de interior – está tudo aqui, inteiro e intacto. E sua linguagem é respeitada, sem deformações gráficas.