Autor: Sylvio Bazote
Minas Gerais não é apenas um rostinho bonito!
É um “ali” quase infinito
Que vai de onde as vistas alcançam até onde os pés cansam.
Mineiro de raiz sabe onde não deve meter o nariz.
Desconfiado por natureza, se não sabe não diz.
Em seu silêncio, observa e medita,
Finge que acredita, desconversa e evita.
Ser mineiro é não emprestar e não pedir emprestado.
O preço de viver se paga à vista, não se faz fiado.
Na vida simples busca a atitude correta,
Viver sem incomodar e ser incomodado é a sua meta.
Mineiro é mineral, tem sua força na resistência.
Quieto e firme como rocha em suas convicções e paciência.
Do alto de uma montanha, observando a imensidão,
Sabe que nestas terras rega com seu suor a semente do seu coração.
Muito legal!
ResponderExcluirVersos de um MINEIRO historiador e psicólogo a nos revelar agora também, um POETA.
MINEIRO é assim mesmo!
Mineirinho escreve quieto...
ResponderExcluirValeu pelo elogio Serjão!
Uai! que versinho bom dimais da conta!
ResponderExcluirBrigado, sô.
ResponderExcluirSylvio maravilha!!! Texto bem mineiro, poucas palavras e diz tudo. Coisa que só mineiro dus bão sabe fazê, sô!
ResponderExcluirAbraços do Universo
Brigado compadre.
ResponderExcluirEsse trem chamado Minas Gerais é bunito dimais e inspira uns trem desse.
Parabéns, cumpadi. Beleza de poesia: econômica e bem lapidada, como convém a estas minas daqui.
ResponderExcluirBrigadu cumpadi Jorge.
ResponderExcluirA gente vai vendo uns trem por estas terras e inspira a cabeça.
Eita, Sylvio, que Minas é um tremlindudimaisdacontasô!
ResponderExcluirAmei o "“ali” quase infinito/ Que vai de onde as vistas alcançam até onde os pés cansam"... Pois num é?
Vc me autorizaria a qualquer dia publicar este texto no meu Minas, com os devidos créditos, etc?
Oi Jussara
ResponderExcluirO “ali” quase infinito é o típico “ali de mineiro”.
Conversando muito tempo atrás com um modesto senhor que trabalhava numa pequena fazenda numa área rural próxima a São Lourenço, tive a explicação mais simples e precisa para o fato. Ele afirmava que qualquer lugar que pudesse se chegar a pé era próximo. Qualquer lugar que se pudesse enxergar era possível de se chegar a pé. O problema é que quando se chegava no lugar que antes era longe, podia-se ver novos horizontes distantes, mas possíveis de se chegar a pé, portanto o “ali” era infinito, uma questão de esforço, tempo e paciência. Concordei com aquele senhor e desde então adotei sua filosofia matuta e sábia.
O texto/poema é uma sincera descrição de como geralmente me sinto quando tenho a oportunidade de estar no alto de algum morro, contemplando uma bela paisagem das Minas Gerais.
Pode publicar o texto. Me sentirei honrado!
Abraço.