sábado, 11 de agosto de 2012

Mineiro Mineral

Ser mineiro
Autor: Sylvio Bazote

Estátua do Juquinha ( Serra do Cipó - MG )
Imagem: opontodevistadeligialeal.blogspot.com.br

Minas Gerais não é apenas um rostinho bonito!   
                                                       
É um “ali” quase infinito
Que vai de onde as vistas alcançam até onde os pés cansam.
                                                               
Mineiro de raiz sabe onde não deve meter o nariz.                                              
Desconfiado por natureza, se não sabe não diz.

Em seu silêncio, observa e medita,
Finge que acredita, desconversa e evita.

Ser mineiro é não emprestar e não pedir emprestado.                                           
O preço de viver se paga à vista, não se faz fiado.

Na vida simples busca a atitude correta,
Viver sem incomodar e ser incomodado é a sua meta.

Mineiro é mineral, tem sua força na resistência.                                                   
Quieto e firme como rocha em suas convicções e paciência.

Do alto de uma montanha, observando a imensidão,
Sabe que nestas terras rega com seu suor a semente do seu coração. 

10 comentários:

  1. Muito legal!
    Versos de um MINEIRO historiador e psicólogo a nos revelar agora também, um POETA.
    MINEIRO é assim mesmo!

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  2. Mineirinho escreve quieto...
    Valeu pelo elogio Serjão!

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  3. Sylvio maravilha!!! Texto bem mineiro, poucas palavras e diz tudo. Coisa que só mineiro dus bão sabe fazê, sô!
    Abraços do Universo

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  4. Brigado compadre.
    Esse trem chamado Minas Gerais é bunito dimais e inspira uns trem desse.

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  5. Parabéns, cumpadi. Beleza de poesia: econômica e bem lapidada, como convém a estas minas daqui.

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  6. Brigadu cumpadi Jorge.
    A gente vai vendo uns trem por estas terras e inspira a cabeça.

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  7. Eita, Sylvio, que Minas é um tremlindudimaisdacontasô!
    Amei o "“ali” quase infinito/ Que vai de onde as vistas alcançam até onde os pés cansam"... Pois num é?
    Vc me autorizaria a qualquer dia publicar este texto no meu Minas, com os devidos créditos, etc?

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  8. Oi Jussara
    O “ali” quase infinito é o típico “ali de mineiro”.
    Conversando muito tempo atrás com um modesto senhor que trabalhava numa pequena fazenda numa área rural próxima a São Lourenço, tive a explicação mais simples e precisa para o fato. Ele afirmava que qualquer lugar que pudesse se chegar a pé era próximo. Qualquer lugar que se pudesse enxergar era possível de se chegar a pé. O problema é que quando se chegava no lugar que antes era longe, podia-se ver novos horizontes distantes, mas possíveis de se chegar a pé, portanto o “ali” era infinito, uma questão de esforço, tempo e paciência. Concordei com aquele senhor e desde então adotei sua filosofia matuta e sábia.
    O texto/poema é uma sincera descrição de como geralmente me sinto quando tenho a oportunidade de estar no alto de algum morro, contemplando uma bela paisagem das Minas Gerais.
    Pode publicar o texto. Me sentirei honrado!
    Abraço.

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