quarta-feira, 12 de maio de 2021

Dia do Enfermeiro

12 de maio - Dia Internacional da Enfermagem

Enfermeiros e enfermeiras são os "anjos da guarda" com seus cuidados em observar, medicar, banhar, exercitar, conversar, trocar curativos e outras tarefas que trazem alento e dignidade humana aos fragilizados por doenças ou acidentes.
Nobre e cansativa profissão que, infelizmente, geralmente não tem o apoio e reconhecimento proporcionais à utilidade da generosidade de sua função social.

Fica aqui meu reconhecimento e homenagem para estas pessoas tão úteis e extraordinárias.

Vamos valorizar e cuidar de quem cuida de nós!

No dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a britânica Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820.
No Brasil, além do dia do enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados da década de 1940 em homenagem a dois grandes personagens da enfermagem: a britânica Florence Nigthingale e a baiana Anna Nery, que se alistou voluntariamente em 1865 para trabalhar como enfermeira na Guerra do Paraguai.

A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência à quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficiente. 
Durante séculos a enfermagem forma profissionais em todo o mundo comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano. Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país.

Enfermeiros e Enfermeiras = Anjos da Guarda

Enfermo: 
1. que ou aquele que se encontra doente; chateado.
2. que não apresenta bom funcionamento; imperfeito, anormal.

Enfermagem:
1. função de tratar de pessoas enfermas.
2. o conjunto de serviços de enfermaria.

Fontes de referência:

Biblioteca Virtual em Saúde
Dia Internacional da Enfermagem

Wikipédia
Florence Nightingale
https://pt.wikipedia.org/wiki/Florence_Nightingale 

Wikipédia

domingo, 2 de maio de 2021

Movimento Bandeirante


Federação de Bandeirantes do Brasil

O Movimento Bandeirante pode ser considerado o "outro lado da moeda" do Movimento Escoteiro. São propostas e trajetórias que se complementam e, com o tempo, passaram a se igualar em diversos aspectos.
Se inicialmente os escoteiros foram idealizados nos moldes militares de rapazes praticando atividades físicas no campo, as bandeirantes foram idealizadas para que moças pudessem praticar atividades sociais na cidade. Posteriormente os escoteiros desenvolveram ações solidárias urbanas e aceitaram mulheres em seu meio; e as bandeirantes realizaram exercícios de campo e aceitaram homens em seu meio. 
Pode-se dizer que o Escotismo foca em aventuras como bivaques, orientação por bússola ou mapas e sobrevivência na mata; enquanto o Bandeirantismo foca em campanhas beneficentes, projetos educacionais e jogos.
Ambos os movimentos valorizam a estruturação pessoal para a contribuição comunitária, visando a formação de pessoas com capacidade e iniciativa para trabalhar, só ou em grupo, na construção de uma sociedade melhor, com valores e resultados.

Bandeirantes - Versão brasileira do escotismo, inicialmente exclusivamente feminina.

A história do Movimento Bandeirante começa em 4 de setembro de 1909, na Inglaterra, quando durante a reunião escoteira no Palácio de Cristal, um grupo de moças com uniformes azul-marinho, chapéu scout, lenços, mochilas brancas e compridas meias pretas se apresentou a Robert Baden-Powell (Fundador do Escotismo) e disseram que queriam também ter a oportunidade que os meninos estavam tendo.
Baden-Powell levou em consideração este pedido, afinal, já eram muitas as moças que haviam lido seu livro "Escotismo para Rapazes". Pensando nisso, ele começou a estruturar um novo movimento com os mesmos princípios, mas que estivesse de acordo com as necessidades, possibilidades e interesses das meninas e moças naquele momento.
Desta forma, o nome escolhido para o movimento que começava a nascer foi Girl Guides ("Meninas Guias", em inglês), fazendo alusão de quem vai à frente e abre caminhos para outros.

Robert Baden-Powell pediu a ajuda de sua irmã, Agnes Smyth Baden-Powell, que em 1912 escreveu o primeiro livro para as Girl Guides chamado "The Girl Guide Handbook or How Girl Can Help to Build the Empire" (Em inglês: "O Manual do Guia para Meninas ou Como as meninas podem ajudar a construir o Império [Britânico]").
Agnes foi fundamental para o nascimento do Guidismo, escrevendo panfletos de esclarecimento aos pais, propondo um uniforme próprio para as meninas e organizando com seriedade a identidade do Movimento das Girl Guides.
Em 1912 é fundada a Associação Inglesa das Girl Guides, da qual Agnes Baden-Powell se tornou a primeira Presidente. Assim, oficializou-se o movimento, que se espalharia por todo o mundo. 
Em 1914, Olave St. Clair Soames Baden-Powell, esposa de Robert, entra para o Movimento das Girl Guides e começa a trabalhar com Agnes Baden-Powell. Entusiasmando-se pelo escotismo feminino, Olave juntou-se ao trabalho de consolidação do movimento. 
Em 1921, Robert Baden-Powell publica o livro chamado Girl Guiding (Em inglês: "Menina Guiando" ou "Guidismo") no qual apresenta, entre outras coisas, a Promessa e o Código Escoteiro Feminino – os fundamentos do futuro Movimento Bandeirante.

Agnes Baden-Powell (esquerda), Olave Baden-Powell (centro) & Jerônima Mesquita (direita)

Movimento Bandeirante no Brasil

Logo após o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1919, Olave Baden-Powell enviou uma carta ao Brasil, propondo a fundação do Movimento das Girl Guides no país. 
Sr. Barclay, amigo de Olave que viajava para o Rio de Janeiro a negócios, se responsabilizou pela correspondência, e a entregou nas mãos da família Lynch. 
No dia 30 de maio de 1919, a senhora Adéle Lynch promoveu uma reunião em sua casa com autoridades e senhoras interessadas no movimento. Entre os convidados estava May Mackenzie, canadense residente no Brasil que já havia participado do movimento na Inglaterra, e Jerônyma Mesquita, cunhada do Sr. Lynch e conhecida por trabalhos educacionais e sociais.

O Movimento das Girl Guides se apresentava como uma proposta de educação diferenciada, por acreditar na importância da mulher em assumir um papel atuante nas mudanças da sociedade. Essa característica cativou as pessoas que estavam na casa da Sra. Lynch. Jerônyma Mesquita dedicou então sua vida ao Bandeirantismo e foi homenageada com o título de Chefe Fundadora do Movimento Bandeirante brasileiro.
Surgia a Associação das Girl Guides do Brasil (primeiro nome da instituição). Em 13 de agosto de 1919, realizou-se a cerimônia de promessa das 11 primeiras bandeirantes brasileiras – data oficial de fundação do Movimento Bandeirante no país.

Com o início do processo de expansão, a Chefe Jerônyma Mesquita solicitou ao professor Jonathas Serrano um nome nacional às Girl Guides. Este buscou na história do Brasil o sentido adequado para a ideia original do escotismo e escolheu o nome "Bandeirantes" numa alusão de quem abre caminhos. A instituição adotou então o nome de Federação das Bandeirantes do Brasil.

A primeira sede exclusivamente do Movimento Bandeirante foi inaugurada em setembro de 1927, construída na Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, na cidade do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano é iniciada a publicação do jornal "Bandeirantes", editado até a década de 1990.
Em 1928, o movimento rompe barreiras sociais e comportamentais para as mulheres da época, em especial para as que compunham a elite da sociedade brasileira, classe da qual todas as Bandeirantes do período pertenciam. Foi realizado o primeiro acampamento para chefes na cidade de Itaipava (RJ), que levou as moças para longe de seus cotidianos domésticos. Além disso, o campo de atuação das bandeirantes se estendeu para escolas municipais, favelas e bairros proletários, causando polêmica na época, dada a preocupação com a segurança e honra das "moças de família".

O Movimento Bandeirante foi se solidificando e expandindo, chegando a outros estados no Brasil – além do Rio de Janeiro – assim como à participação da classe média e pobres. 
A atual Sede Nacional do Movimento Bandeirante, no Rio de Janeiro, foi inaugurada em 19 de março de 1959, com a presença do então presidente da república, Juscelino Kubitschek. Foram 15 anos de empenho e mobilização para que a obra pudesse ser concluída, e muitos ajudaram nesta construção, com pequenas ou grandes contribuições.

O Movimento Bandeirante que, inicialmente, se destinava à formação de meninas e moças – tendo um papel fundamental na ampliação e participação feminina na sociedade da época  solidificou sua proposta de coeducação iniciada com a reformulação institucional entre os anos 1969 a 1974, abrindo suas portas aos meninos e rapazes. Mas a presença expressiva de homens ocorre efetivamente no final da década de 1990 e, a partir do Estatuto de 2004, a instituição é denominada como Federação de Bandeirantes do Brasil.

O resultado de suas ações foi o reconhecimento – por entidades nacionais e internacionais – de suas atividades comunitárias, além do crescimento da instituição em vários estados brasileiros, tendo formado crianças e jovens.

1º Grupo Bandeirante com Jerônyma Mesquita

O programa educativo do Bandeirantismo é dividido por faixas etárias, chamadas de Ramos, levando em consideração as características e especificidades de cada idade.

Ramos:
● Ciranda 5 a 9 anos
● B1: 9 a 12 anos
● B2: 12 a 15 anos
● Guia: 15 a 18 anos

O Ramo Ciranda é o primeiro da progressão bandeirante! Crianças de 5 a 9 anos são nomeadas Fadas (meninas) e Magos (meninos), aprendendo trabalho em equipes, divididos em Sextilhas. 
Os coordenadores bandeirantes do Ramo Ciranda são as/os Corujas, que ajudam nos passeios, boas ações, contação de histórias e participam de "encantamentos" (atividade em que formam um círculo e, cantando uma música, assumem a personalidade de médicos, besouros, artistas, expedicionários, marcianos ou frutas).
O lenço amarelo é a identificação deste ramo.

O Ramo B1 (abreviação de Bandeirantes 1) é o segundo na progressão bandeirante, com jovens de 9 a 12 anos. 
Trabalham em equipes, participando de acampamentos, jogos, gincanas, caminhadas, passeios e serviços na comunidade.
O lenço azul é a identificação deste ramo.

O Ramo B2 (abreviação de Bandeirantes 2) é o terceiro na progressão bandeirante, com jovens de 12 a 15 anos.
Participam de aventuras na natureza, acampamentos, acantonamentos, trabalhos comunitários, jogos, trilhas, montanhismo, entre outras atividades.
O lenço verde é a identificação deste ramo.

O Ramo Guia prepara jovens de 15 a 18 anos para se envolverem e atuarem em sua comunidade. Aprendendo várias habilidades, os Guias desenvolvem liderança para serem protagonistas da sua história. Além disso, uma parte muito importante do programa educativo deste ramo é o trabalho comunitário, no qual os jovens são incentivados a atuar como agentes de mudança.
Os Guias participam de acampamentos, acantonamentos, atividades nacionais e internacionais, jogos, trilhas, montanhismos, pernoites e assembleias. 
O lenço vinho é a identificação deste ramo.

A partir dos 18 anos, os Guias se tornam Guias Auxiliares. A nova etapa é simbolizada pelo lenço vinho com fita branca. Os Guias Auxiliares ajudam os Coordenadores Bandeirantes com os Ramos mais jovens e participam de treinos e cursos de formação de Coordenadores Voluntários.
 
Fontes:

Movimento Bandeirante Brasil
Ramo Ciranda

Movimento Bandeirante Brasil
Ramo B1

Movimento Bandeirante Brasil
Ramo B2
https://bandeirantes.org.br/ramo-b2 

Movimento Bandeirante Brasil


Se o Escotismo foca no aprimoramento pessoal através dos resultados na praticidade, no Bandeirantismo a ideia é incentivar a individualização lúdica e ensinar através de criatividade e adaptação.

Nos acampamentos e gincanas bandeirantes do ramo Ciranda, os jogos são mirabolantes e as crianças enfrentam monstros, índios loucos e esqueletos, ajudadas por jovens e adultos.
Os bandeirantes só costumam descobrir o tema na abertura do acampamento. Às vezes, são surpreendidos pelos jogos em andamento enquanto lavam a louça ou escovam os dentes: surge um "feiticeiro" e começa a ditar as regras. Ou os adultos (chefes ou coordenadores) se escondem misteriosamente, deixando o acampamento para as crianças desvendarem pistas. Outras vezes, os jogos são contínuos e as equipes passam dias na sequência da mesma história, incorporando os personagens relativos ao tema. 
Alguns exemplos:
Em 1992, em Boituva (SP), a máfia chinesa invadiu o acampamento. Quatro sábios de branco vagaram pelas barracas distribuindo pistas, enquanto os malfeitores de preto capturavam membros das equipes. 
Em outubro de 2001, em Araçariguama (SP), as crianças tiveram que resgatar a chama da magia por entre as árvores, sem pistas e sem lanterna.
Em abril de 2009, num sítio em São Bernardo do Campo (SP), jogos foram preparados incluindo circuitos com cordas, lama e toldos escorregadios. Os bandeirantes foram divididos em quatro equipes, simbolizando a terra, a água, o fogo e o ar, e tiveram de cumprir tarefas vagamente relacionadas aos signos do horóscopo (por exemplo: na base do signo de Sagitário – caracterizado no zodíaco pela liberdade e a aventura – passaram por um labirinto de cordas com os olhos vendados e apanharam ingredientes para um almoço mateiro).

Os ramos B1 e B2 realizam reuniões semanais, em que participam de jogos educativos nas áreas de saúde, habilidades, cultura, cidadania, meio ambiente e participação comunitária. O bandeirantismo se dedica a gincanas, visitas a creches e asilos, competições esportivas, brincadeiras de roda (às vezes com letras em espanhol que ninguém entende ou cantigas de significados sem nexo), jogos de cidade, caças ao tesouro, debates, pinturas, teatro etc.

Fonte:

Folha de São Paulo

Bandeirantes

Fontes de referência:

Movimento Bandeirante Brasil
História

Movimento Bandeirante Brasil
Promessa e Código Bandeirante
Movimento Bandeirantes

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Para saber sobre o Movimento Escoteiro:

Blog HistóriaS
Escotismo