sábado, 21 de março de 2020

Ayrton Senna

Ayrton Senna - Gênio no automobilismo

21 de março de 2020 seria o 60º aniversário de Ayrton Senna da Silva! A Infopédia define como ídolo, em seu sentido figurado: "pessoa a quem se tributa grande veneração; pessoa que se considera um modelo a seguir".
Não é do meu feitio ter ídolos, mas o Ayrton é uma pessoa que eu valorizo desde a minha juventude até o presente momento, quando faço esta publicação no blog como homenagem à vida, ao legado e à memória desta admirável pessoa, que tinha a capacidade de me fazer ter orgulho em ser brasileiro.
Mesmo atuando num esporte tão elitista como a Fórmula 1, Ayrton tinha um jeito particular de repartir suas conquistas com os simples e anônimos, fosse nos estímulos à dedicação em buscar a excelência no que se faz sem abrir mão da ética, na humildade e perseverança em busca de resultados, na empatia com as pessoas e na integridade e honestidade que guiavam sua vida privada e profissional.
Não que ele fosse perfeito ou santinho mas, descontadas suas falhas, em minha opinião sobra saldo positivo para lembrar dele como referência de sucesso. Mais do que uma celebridade, Ayrton Senna é uma pessoa celebrável!

Ayrton Senna - Kart (1981)
Em 1994, Ruben Alves escreveu uma bela crônica intitulada "Senna, ou A morte dos heróis". Transcrevo um trecho:
"Cada herói está na liça – e o seu desafiante é a Morte. Enganam-se os que pensam que Senna competia contra os outros. Os outros também desejavam ser heróis, todos saíam juntos, em procissão, como se numa liturgia, a desafiar a Morte. Como o toureiro solitário, frente a frente com o touro, cada vez mais perto, desafiando-o ao golpe fatal.
Para isso os carros devem ser cada vez mais velozes: para que se sinta cada vez mais próximo o calafrio da Morte. Cada carro de Fórmula 1 é um altar possível onde um herói será sacrificado em homenagem a um deus. A velocidade é o punhal sacrificial.
Assim era o Ayrton: parecia não ter medo, parecia rir-se dela, e saía sempre vitorioso, com aquela cara de menino. Ele parecia não levar a sério que os heróis não são deuses: são de carne e osso, como todos os demais. E a Morte não tem pressa: ela dá sempre o último golpe.
Por isso ficamos tristes. A morte do Ayrton foi uma bela saga de herói que terminou... [...] No nosso mundo não existe mais lugar para os heróis solitários. As máquinas, as instituições, as organizações, os partidos – tudo é grande demais. Ali os indivíduos desaparecem. Ficam sem rosto. São substituíveis. [...]
O herói é o símbolo do nosso eterno desejo de sermos belos, puros e valentes. Que todos nos vejam! Que os homens nos admirem! Que as mulheres nos amem! Morto o herói, apaga-se o sonho e mergulhamos de novo no anonimato da multidão..."

Ayrton Senna - Mito na Fórmula 1

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