( mineradora e urbana )
A sociedade mineira (no Brasil Colônia)
Autora: Angela Xavier
Autora: Angela Xavier
É fácil imaginar a desordem
na incipiente sociedade das minas, pois ela era formada por um bando de
aventureiros, ávidos de riquezas e cercados de variados perigos.
A população se organizou em
irmandades que são associações religiosas laicas. Os conventos foram proibidos em Minas Gerais por temor que se tornassem centros de desvio de ouro. Havia a ordem
secular constituída pelos párocos e as ordens terceiras que eram laicas.
Administrando as organizações religiosas estavam os bispados. O primeiro
bispado de Minas Gerais foi criado muito tempo depois, já na metade do século XVIII,
com sede em Mariana.
No início, cada irmandade
tinha seu altar dentro da igreja matriz. Com o tempo e o enriquecimento, cada
irmandade construiu sua própria capela. Daí tantas igrejas e capelas nas
cidades históricas de Minas Gerais. Só em Ouro Preto existem vinte e uma, cada qual
com seu padroeiro ou santa de devoção.
Começando pelos primeiros
arraiais formadores da cidade, temos:
- Capela do Senhor Bom Jesus
das Flores (ou Taquaral), na saída para Mariana, capela que tem dois altares
pintados com nítida influência árabe;
- Capela de Nossa Senhora do
Rosário dos Brancos (ou do Padre Faria) com pinturas em vermelho e dourado,
inspiradas na arte chinesa, cujo sino tocou na inauguração de Brasília;
- Capela de São João Batista
do Ouro Fino, no alto do morro de onde Antônio Dias e seus homens viram o Pico
do Itacolomi;
- Capela de Sant’Ana;
- Capela de São Sebastião;
- Capela de Nossa Senhora da
Piedade;
- Capela do Senhor do Bonfim,
onde os condenados assistiam à última missa;
- Igreja de Santa Efigênia (ou
de Nossa Senhora do Rosário do Alto da Cruz), construída pelos negros e por
doações do Chico Rei;
- Igreja de Nossa Senhora das
Dores do Calvário, segundo a lenda construída em homenagem às filhas mortas do
Vira Sahia;
- Igreja Matriz de Nossa
Senhora da Conceição (do Antônio Dias), onde está enterrado o Aleijadinho;
- Igreja de Nossa Senhora das
Mercês e Perdões, conhecida popularmente como Mercês de Baixo;
- Igreja de São Francisco de
Assis da Penitência, cujo desenho e talha são considerados obra-prima do
Aleijadinho.
- Igreja de Nossa Senhora do
Monte do Carmo, projetada por Manoel Francisco Lisboa e modificada por
Aleijadinho.
- Igreja de Nossa Senhora das
Mercês e Misericórdia, conhecida popularmente como Mercês de Cima, onde
acontece a Missa das Almas;
- Igreja de São Francisco de
Paula, a última a ser construída no alto do morro onde existiu a Capela de
Nossa da Piedade;
- Igreja de São José, obra da
Irmandade dos Pardos de São José e dos Bem-Casados;
- Igreja Matriz de Nossa
Senhora do Pilar, que conserva em seu interior o douramento de sua talha;
- Igreja de Nossa Senhora do
Rosário dos Pretos, com sua bela arquitetura em curvas, toda feita em pedras;
- Igreja do Senhor Bom Jesus
de Matosinhos (ou de São Miguel e Almas), situada no alto das Cabeças, já foi
muito frequentada por romeiros;
- Capela do Senhor da Pedra
Fria, situada na rua Alvarenga; e
- Capela de Nossa Senhora das
Necessidades, próxima à Capela do Padre Faria.
Existem também cinco Passos,
capelinhas que mostram um momento da Paixão de Cristo e são aberta somente
durante a Semana Santa.
As irmandades dos ricos eram
as do Carmo e de São Francisco de Assis, que disputavam entre si qual templo
era mais belo. Quem ficasse fora das irmandades era um marginalizado na
sociedade mineira do século XVIII. Como membros delas, os moradores tinham a
oportunidade de participar dos principais eventos da cidade, tinham ajuda nas
dificuldades financeiras e doenças, além de ser enterrados nos cemitérios de
cada irmandade, contando pontos para a importante salvação da alma.
A sociedade também se
organizou nas Gerais por cor e riqueza de seus membros. Os melhores cargos
administrativos pertenciam aos nascidos em Portugal, depois aos filhos destes
nascidos no Brasil e, por fim, aos brasileiros com poder aquisitivo. Os homens
de maior prestígio eram os proprietários de terras nas zonas auríferas. Esses
proprietários exploravam as minas através de grande número de escravos.
Os mais ricos moravam
próximos às câmaras municipais e das igrejas matrizes ou em pontos altos das
vilas, para fugir das inundações. Suas casas eram construídas com pedras de
cantaria, com dois ou três andares e sacadas trabalhadas artisticamente. Eram
pintadas de branco, com os portais e janelas azuis ou verdes, cores raras e
caras. O acabamento dos telhados trazia a marca da prosperidade com beirais de
madeira trabalhados artisticamente. Diz um ditado popular que as pessoas muito
pobres são “sem eira nem beira”. Esta expressão veio de Portugal, onde eira é um
espaço de terra batida ou cimentada, próximo às casas, usado para limpar e secar
cereais. Já a beira é um acabamento em madeira na extensão do telhado que serve
para proteger da chuva. Na lógica portuguesa, herança da Idade Média, quem não
tem eira não tem terras e formas de produzir riqueza, e quem não tem beira não
possui uma casa. Era, portanto, alguém pobre e sem perspectivas de melhora de
vida.
Os pobres faziam suas casas
nos vales, desprezados pelos ricos pelo risco de inundações, nas partes
distantes da praça central e nas elevações muito íngremes. Suas residências
eram pequenas, geralmente com uma porta e duas janelas, pintadas de branco com
os portais em vários tons de marrom ou vermelho, resultado da mistura da tinta
branca com terras de diferentes matizes, pegas gratuitamente nas periferias das
povoações.
Os portugueses de classe mais
baixa abriam vendas à margem das estradas mais movimentadas, onde vendiam
bebidas alcoólicas e comidas variadas. Ali paravam os viajantes e os escravos
de aluguel levavam objetos roubados ou sua produção artesanal em troca de
cachaça. Na embriagues tentavam esquecer sua vida miserável.
Muitos taberneiros,
habituados ao trabalho constante e árduo, faziam fortuna. Acostumados às duras
condições de quem pouco tinha, eram econômicos. Geralmente seus filhos eram
obrigados a prosseguir com o negócio da família, já sem a motivação e o
comedimento dos pais e, não raro, gastavam a fortuna acumulada. Desta época há
o ditado que diz “O pai taberneiro, o filho cavalheiro, o neto carreteiro”.
A miscigenação foi muito
comum entre os portugueses e os povos dos países com os quais mantinham contato.
Aqui não foi diferente. No início não havia mulheres portuguesas no Brasil e os
costumes eram muito livres. As filhas dos brancos ricos eram enviadas para
conventos em Portugal. D. Lourenço de Almeida, primeiro governador da Capitania
de Minas Gerais, citou este fato como fator de despovoamento e pediu
providências da Coroa Portuguesa. Atendendo a esse apelo, as mulheres foram
proibidas de embarcar nos navios que se dirigiam para fora do Brasil. Isso por
volta de 1731. Havendo poucas mulheres brancas, com quem casar? Os homens
procuravam as índias e as escravas, prostituindo-as. Diferentemente das nativas
que eram consideradas almas primitivas, mas puras, com as negras não assumiam
os filhos, que eram tratados de forma melhor que um escravo, sem serviços
pesados e com certa autonomia, mas sem direitos. As autoridades portuguesas no
Brasil reprovavam oficialmente a miscigenação, mas na prática eram permissivos
pois o povoamento era necessário para garantir a posse do território e o
aumento dos lucros para a Coroa Portuguesa. Mulatos, pardos e cafusos
aumentaram em quantidade e variedade.
Com o passar do tempo e das
gerações, os portugueses costumaram reconhecer e dar seu nome aos filhos
miscigenados. O número de mulatos se tornou maior que o de brancos, perdendo
apenas para os negros que, apesar das muitas mortes nas duras condições de trabalho
e pouca assistência, eram renovados com a chegada de novas levas de escravos
vindos da África.
Os mestiços constituíam uma
classe sem lugar na sociedade. Eram chamados “vadios” os que eram livres, não
sendo escravos nem donos, sem bens ou comércio que lhes permitisse viver de
forma independente. Estes se viravam com trabalhos informais. Nesse grupo
estavam doceiras e pasteleiras de tabuleiro, barbeiros, verdureiros,
carregadores e outros ofícios ou biscates que a necessidade criava. Muitos se
tornavam ladrões urbanos ou assaltantes das estradas e davam muito trabalho
para os governantes.
Os negros vindos da África que
trabalhavam nas minas sofriam todo tipo de provações. Tiveram que se adaptar ao
clima frio, abriam túneis na rocha usando apenas picaretas. Dentro das minas
alagadas pelas águas das chuvas, a umidade, o pó de pedra e os gases das
lamparinas a base de gordura ceifavam muitas vidas. Desmoronamentos também
matavam e obrigavam a refazer o penoso e pesado trabalho. Os produtos tóxicos
usados para separar o ouro dos demais minerais eram manuseados sem proteção e
matavam número também considerável, apesar de menor. A alimentação era fraca
para recompor as energias e os escravos ficavam tuberculosos ou contraiam
doenças que os matavam ou incapacitavam para o trabalho nas minas, sendo então
empregados em plantações, serviços urbanos ou como escravos de aluguel, em
variadas funções temporárias.
Trabalhavam seminus para
evitar que escondessem ouro na roupa, mas esta imposição não era tão
desconfortável, pois quanto mais se aprofundavam nas minas, mais abafado e
escasso se tornava o ar, portanto muita roupa seria inadequado nessas
condições. Prejudicial se tornava a pouca roupa nos dias frios, devido à
intensa variação térmica do calor dentro da mina e o frio vento e neblina das
montanhas, o que adoecia muitos deles. Tinham cotas – individuais ou em grupo,
dependendo da mina – de ouro para encontrar. Alguns só recebiam comida se
completassem tal cota diária, outros podiam dormir na palha macia se conseguissem
a quantidade desejada de ouro e, em alguns lugares, podiam ficar com o
excedente da cota estipulada. Com isso muitos compraram sua liberdade ou de
pessoas que amavam. Os que não conseguiam a cota, recebiam apenas água e
dormiam no chão duro e frio naquele dia.
Os portugueses trouxeram
inicialmente para as Gerais negros do grupo Mina, experientes em localizar os
veios de ouro nas entranhas da terra. Os Mina eram sudaneses – acostumados a
procurar ouro e escravizar tribos menores em sua terra natal – que foram
levados em sua maioria para a Bahia, onde tentavam constantemente realizar
revoltas. Por este motivo, os baianos donos de fazenda ficaram satisfeitos em
vendê-los aos mineiros, que ofereciam por este grupo preço pouco acima do
mercado. Mas os Mina continuaram a ser um grupo de difícil controle, por isso os
portugueses começaram a trazer os negros do grupo Banto, habitantes de Angola,
Congo, Moçambique e Benguela. Eram mais fáceis de dominar, adaptando-se com
mais facilidade e gostavam das festas – católicas ou não – convertendo-se em
maior número para o cristianismo para terem a possibilidade de descansar e se
divertir ao menos nos dias santos.
♦
Ainda na África, os agora
escravos eram batizados em grupo antes de embarcar, porque a Igreja Católica proibia entrar
no Brasil os prisioneiros que não fossem cristãos. Quando o tempo disponível
permitia, eram batizados individualmente, com nomes bíblicos: Antônio, José,
Pedro, Paula, Maria da Graças, Maria as Mercês, Maria do Carmo, etc. Quando
chegava ao posto no litoral um grupo de prisioneiros próximo à hora do
embarque, separavam-se os homens das mulheres, um padre colocava um pouco de
sal em dois baldes de água, os abençoava e jogava a água de um balde sobre os
homens batizando-os todos com o mesmo nome, repetindo o processo com o grupo
das mulheres.
Eram então embarcados
acorrentados no porão do navio, em ambientes lotados onde pouco ou nada
conseguiam se movimentar, sem sol, com pouca alimentação e roupas. Somadas a
estas condições, a pouca higiene durante a longa viagem das pessoas vomitando
devido ao enjoo, urinando e defecando umas sobre as outras tornava o porão dos
navios negreiros locais insalubres, causando muitas mortes por inanição e
infecção, agravadas pelo contato das secreções com as feridas abertas pelas
correntes. Estima-se que, geralmente, em torno da metade dos prisioneiros
morria durante a travessia do Oceano Atlântico e era atirada ao mar.
Com os sobreviventes que
chegavam ao Brasil – nos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro – os
portugueses formavam grupos com diferentes tribos e línguas, para dificultar
que se organizassem em revoltas. Este procedimento separou muitas famílias.
A população negra em Ouro
Preto era superior em número à branca e havia um grande receio por parte das
autoridades de uma revolta generalizada. Muitos dos escravizados, após se
adaptarem ao lugar para onde eram mandados, reagiam como podiam: suicidavam-se
deixando de comer ou pulando de penhacos; abortavam filhos para livrá-los da
escravidão; cortavam braço ou perna para tentar escapar de serviços pesados;
tentavam envenenar os brancos com ervas ou raízes disponíveis; matavam os
feitores e fugiam para as matas, onde procuravam ou criavam quilombos.
Em Minas Gerais foram
localizados e destruídos mais de cem destes locais de refúgio. O mais famoso
deles, o Quilombo do Ambrósio, tinha mais de mil habitantes. Documento
publicado por Xavier da Veiga fala do Quilombo do Campo Grande, com grandes
roças plantadas e que possuía rei, rainha e príncipe. Alguns quilombos tinham
relações comerciais com povoações próximas e não eram denunciados. Outros eram
base de bandos que assaltavam os viajantes e estes se tornavam alvo prioritário
das autoridades, auxiliadas por fazendeiros e comerciantes.
Próximo a Rodrigo Silva,
distrito de Ouro Preto, existe um morro chamado Morro da Guerra, onde já
existiu um quilombo. Durante um cerco ou ataque, os quilombolas deste local faziam
um pequeno foguete usando bambu onde colocavam pólvora e, colocando fogo e
fazendo-o voar, era o sinal de pedido de ajuda para outros quilombos da região.
Assim resistiu por muito tempo, até ser destruído por uma grande expedição,
organizada pelos donos de minas da região, preocupados com o crescente número
de tentativas de fuga de seus escravos para se juntarem ao quilombo.
Em 1719 houve uma tentativa
de revolta de escravos em Vila Rica. Eles pretendiam aproveitar a Quinta-Feira
Santa, quando os brancos estivessem na igreja rezando, e atacar suas casas,
matando quem lá estivesse, e pegar facas, foices, machados, enxadas, armas de
fogo e que pudessem usar para então atacar e matar a todos, tomando o controle
da vila. Já haviam planejado como seria administrado o novo reino a ser
estabelecido e escolhido o rei, os conselheiros e os ministros. Discussões
entre alguns membros da futura cúpula, que desejavam cargos que não lhes foram
destinados, fizeram com que alguns capatazes ficassem desconfiados e as
suspeitas chagaram ao governador da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, o
Conde de Assumar. Ele não acreditou, pensando tratar-se de um boato. Os
senhores de minas começaram torturas e investigações por conta própria e novas
fontes foram confirmando o planejamento da revolta. Os donos das minas levaram
os supostos organizadores que estavam sob sua responsabilidade ao governador,
que providenciou a prisão e execução dos líderes antes que a revolta
acontecesse.
Há registro de outra
tentativa de revolta em 1756. A Câmara de Vila Rica escreveu à de Mariana,
Sabará e São João del-Rei, participando o plano descoberto que pretendia reunir
todos os quilombos existentes em Minas Gerais, na noite da Sexta-Feira Santa,
para atacarem ao mesmo tempo as povoações, aproveitando-se do momento de oração
e jejum.
Assim como em 1719, os negros
pretendiam atacar as casas para delas pegar todas armas possíveis, matando depois
todos os homens, poupando-se então mulheres e crianças, que seriam
transformadas em escravas.
Os negros Mina queriam que um
dos seus fosse o rei dos territórios conquistados. Os negros Angola, que eram
maioria, queriam que fosse o seu líder a assumir após a vitória. Nas discussões
em torno dessa questão, vazou o segredo.
O governador escreveu ao rei
de Portugal relatando o plano, que lhe concedeu carta branca para agir com a
agilidade e força necessárias a manter o controle. Estimulados pelo pânico de
uma revolta de escravos em grande proporção, os brancos acusaram quem
considerassem suspeitos, sem provas. Foram presos os futuros reis Mina e
Angola, seus chefes e conselheiros e outros que não faziam parte das lideranças.
Todos foram sumariamente julgados e condenados à morte. Os considerados líderes
apanharam até a morte nos pelourinhos dos locais onde habitavam. Os que se
julgavam ter menos importância foram enforcados. Todos ficaram longamente
expostos e os senhores de escravos levavam seus cativos, em pequenos grupos, para
os locais das execuções, para que os mortos servissem como intimidação.
Nas duas tentativas de
revolta planejadas pelos escravos em Minas Gerais, ficou comprovado o sucesso da
estratégia portuguesa de reunir membros de diferentes nações africanas para que
os escravos tivessem dificuldade em conciliar interesses e tradições.
O Conde de Assumar, preocupado com a superioridade numérica dos negros em Minas Gerais, especialmente dos negros forros, proibiu a concessão de novas cartas de alforria durante seu mandato. O fato que mais lhe chamou a atenção foi a “corte” de Chico Rei em Vila Rica, com suas festas de congado e crescente influência na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário.
O Conde de Assumar, preocupado com a superioridade numérica dos negros em Minas Gerais, especialmente dos negros forros, proibiu a concessão de novas cartas de alforria durante seu mandato. O fato que mais lhe chamou a atenção foi a “corte” de Chico Rei em Vila Rica, com suas festas de congado e crescente influência na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário.
Texto adaptado do livro “Tesouros, fantasmas e lendas de Ouro Preto”, de Angela Leite Xavier.
Págs. 34 a 42.
Edição do Autor; Ouro Preto (MG); 2009 (2ª edição).
Obs.: Esta postagem foi realizada mediante prévia autorização da autora.
Para mais "causos" e contos de Angela Xavier, acesse o blog dela:
Compartilhando Histórias
http://www.angelaleitexavier.blogspot.com.br
http://www.angelaleitexavier.blogspot.com.br
Livro : Tesouros, fantasmas e lendas de Ouro Preto
O livro reúne mais de 70 histórias, ambientadas do século XVIII até início do XX, coletadas junto a moradores ou em livros sobre a cidade. Olavo Romano, responsável pelo prefácio, afirma que "Ouro Preto era cheia de fantasmas, uma cidade mal iluminada, repleta de capelas e cemitérios, onde ninguém saia de casa depois das 21 horas. Trata-se de um livro que narra a História de Ouro Preto de uma forma agradável, à maneira dos contadores de histórias, e está entremeada de lendas e causos. Começa chamando a atenção do leitor para a necessidade de se preservar aquilo que faz parte da nossa memória e relata a descoberta do ouro, os conflitos que surgiram no início e as revoltas".
A ênfase do livro é dada às histórias dentro da História, nas curiosidades que os livros de História não relatam, na sociedade que se formou ao redor das minas de ouro com suas crenças, seus valores e sua religiosidade. Relatos de grandes festas, de muitos casos assombrados e tesouros escondidos. A ilustração, com desenhos em bico de pena, é do artista plástico ouro-pretano José Efigênio Pinto Coelho.
A ênfase do livro é dada às histórias dentro da História, nas curiosidades que os livros de História não relatam, na sociedade que se formou ao redor das minas de ouro com suas crenças, seus valores e sua religiosidade. Relatos de grandes festas, de muitos casos assombrados e tesouros escondidos. A ilustração, com desenhos em bico de pena, é do artista plástico ouro-pretano José Efigênio Pinto Coelho.
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