Como é visto pelos outros professores o historiador que não defende a ideologia de esquerda ?
Professores (Ditadores) de História
Sou simpatizante da proposta de uma sociedade
mais igualitária e menos exploradora, com maior valorização da vida comunitária
e menor ênfase na obtenção de lucros e individualismo. Propostas típicas da
política de esquerda. Bela teoria que, na prática, até o momento não se mostrou
viável.
Os discursos populistas das nações socialistas
serviram como instrumento de propaganda e manipulação para governos que
sustentaram o luxo de uma elite enquanto nivelavam na igualdade da pobreza a
maior parte da população. Mais do que opiniões minhas, são fatos, comprovados pelas
estatísticas e fontes históricas! O populismo gosta tanto dos
pobres que os multiplica!
O nacionalismo típico da política de direita –
com seu moralismo e truculência – também não ajuda de forma eficiente os pobres
e vulneráveis. Muita liberdade já foi sacrificada em nome de conceitos que, após
uma análise mais apurada, mostram ser pouco mais do que luta pelo poder, a
custa de sofrimentos e prejuízos inúteis. Mais útil e difícil do que morrer
pela pátria é viver por ela!
O capitalismo certamente não é o melhor sistema
social que se pode imaginar, mas até o momento é o mais eficiente para
enriquecer as nações, apesar de não distribuir estas riquezas para suas
populações. Gosto da ideia de viver numa pequena comunidade, onde as pessoas se
conheçam e produzam o necessário para sua sobrevivência com conforto, sem
pressões desnecessárias, mas penso ser pouco provável que este pequeno grupo
social resista às influências e exigências de uma grande sociedade baseada na
insatisfação e consumismo.
Minha posição política é, antes de tudo, de
enjoamento e desencanto. Não me sinto convencido por direita ou esquerda e, na
falta de melhor definição, me considero politicamente neutro, com simpatia teórica
pelo socialismo e conformação prática com o capitalismo, apesar de sua
insaciável e insensível exploração.
O que me atrai na profissão de historiador é a
possibilidade de entender os motivos para o que fazemos – como indivíduos e
sociedades – e para o que existe atualmente, nos permitindo a possibilidade de
executarmos o presente e planejarmos o futuro de forma mais eficiente.
O historiador, portanto, deve procurar a
compreensão das diferentes motivações e, de forma o mais imparcial possível, explicar
os diferentes fatos e seus desdobramentos, permitindo uma melhor análise para
formar conceitos e praticar ações que levem a resultados mais coerentes e produtivos.
Não é isso o que acontece atualmente no Brasil!
O historiador se tornou, na maioria das vezes, mais um doutrinador do que um
educador! As opiniões e análises apresentadas são destacadas de acordo com suas vontades ou
necessidades, de forma conveniente e manipulada, omitindo ou destacando aspectos que sejam favoráveis ao comunismo.
Desde o fim do período militar no Brasil, há
uma tendência generalizada entre os professores em valorizar a política de
esquerda como uma forma de protesto e compensação pelas arbitrariedades da
direita. Tablado de sala de aula se torna palanque eleitoral para ideologias
socialistas que, com seu apelo (teórico) de justiça e igualdade, seduz grande parte dos jovens e inexperientes
estudantes, que se empolgam pelo impulso dos discursos e intenções, sem levar em consideração a posterior análise dos resultados e motivações.
Os professores que não
repetem ou valorizam as ideologias de esquerda são rotulados
como simpatizantes ou atuantes de direita, como se fosse impossível uma
neutralidade, indiferença ou insatisfação simultânea com o comunismo e a
tirania.
Esta tendência brasileira de
acadêmicos de esquerda, somada à recente filosofia do "politicamente correto",
levou ao atual moralismo e intolerância com qualquer simpatia a aspectos
positivos ou úteis nos movimentos de direita, ou uma tentativa de neutralidade.
Há, em maior ou menor grau, dependendo da instituição de ensino onde se trabalha, uma discriminação explícita ou dissimulada, que pode levar a um isolamento e perda de oportunidades para o historiador que não faz parte da turma dos revolucionários de butique ou filósofos de boteco, com seus discursos marxistas, cheios de palavras liberais e libertadoras, vivendo numa rotina capitalista em que há mais ações concretas para a produção sindical do que social.
Faço parte dos historiadores que, por questionar a esquerda (também questionando a direita), sou taxado de reacionário ou antiquado. Estou fora da atual moda na América do Sul das ditaduras socialistas... Paciência!
O jornalista e escritor pernambucano Nelson Rodrigues afirmou que "toda unanimidade é burra", pois a falta de diversidade leva à ditadura da intolerância contra as novas possibilidades.
Apesar do conceito de "ditadura" remeter à imagem de militares fardados e armados, o conceito ditatorial descreve um regime governamental onde todos os poderes do Estado estão concentrados em um indivíduo, um grupo de pessoas ou um partido político. A ditadura não admite oposição a seus atos e ideias, possuindo poder e autoridade absolutas, com pouca participação de fato da população na tomada das decisões. Portanto há ditaduras militares e civis, de direita e esquerda.
A ditadura militar é uma forma de governo onde o poder é controlado por um grupo de militares que, visando seus interesses, ignoram direitos individuais. A ditadura do proletariado – de acordo com o filósofo Karl Marx – é uma etapa de um governo de uma nação rumo ao comunismo, onde o Estado imponha, pela força (de expulsões, prisões ou execuções), o fim da diferença entre as classes sociais, ignorando direitos coletivos. Portanto, como cidadão desencantado com a esquerda e descrente com a direita, deixo aqui meu registro e desabafo como historiador sobre o moralismo e preconceito – dissimulado ou não – contra os professores (particularmente dentro da área de Humanas) que não são simpatizantes ou tolerantes com os discursos ou a doutrinação da esquerda política.
O professor que não é de esquerda
(Paulo Briguet)
Quero falar de um herói brasileiro: o professor de História que
não é de esquerda. É verdade que todo ofício tem os seus ossos, mas o ofício do
professor de História não esquerdista é um ossuário do Khmer Vermelho. Nada se
compara às dificuldades deste mártir da educação.
Quando um petista fica sem argumento, costuma encerrar a discussão
bradando: “Vá ler um livro de História!” Pois é. Esse professor leu. O problema
é que leu não apenas um, mas vários livros. Não se limitou às obras
recomendadas pelo MEC e abençoadas pelos discípulos de Paulo Freire; foi muito
além. Tanto leu que acabou por descobrir as grandes farsas criadas pela
esquerda para reescrever a história segundo a cartilha socialista.
O professor de História que não é de esquerda tem uma característica:
ele é muito bom. Só assim, sendo o melhor no que faz e tornando-se
indispensável para as escolas sérias, ele consegue sobreviver ao bombardeio
maciço dos colegas esquerdistas. O mestre não esquerdista precisa ter um
conhecimento vasto, profundo e entusiasmante da matéria que leciona. Se ele é
muito bom, sobrevive. Os companheiros dizem: “Ele é direitista, mas...” Ao
menor vacilo, no entanto, o tapete lhe será puxado.
E notem bem: o professor de história que não é de esquerda não
precisa obrigatoriamente ser de direita, conservador ou coisa que o valha.
Basta que ele não comungue das teses da esquerda. Citar os 100 milhões de
mortos do comunismo ou dizer, candidamente, que nenhuma experiência socialista
deu certo na história, ah, isso já é praticamente um atestado de fascismo. Se
ainda por cima disser que Che Guevara fuzilou mais que o pior inquisidor
queimou ou lembrar que as pessoas fogem de Cuba e não para Cuba, aí já é um
ditador consumado.
Por isso, eu rendo a minha homenagem a esse discreto herói
brasileiro que todos os dias arrisca sua reputação e o seu salário nas salas de
aula – apenas por amor à verdade. Comparável a ele só existe um: o estudante
universitário não esquerdista.
Texto adaptado de:
Gazeta do Povo
Gazeta do Povo
Sei como é...
O estudante que não é de esquerda
(Paulo Briguet)
Falei sobre a dura vida do professor de História que não é de
esquerda. Fiquei muito feliz com a repercussão da crônica, que teve mais de 10
mil compartilhamentos na internet e provocou comentários generosos de vários
professores que se identificaram com o texto. Agora quero homenagear outro
herói brasileiro: o estudante que não é de esquerda.
Eu sei que muitas vezes você se sente solitário e desanimado, meu
jovem. É mais fácil ficar em silêncio do que contestar alguns absurdos que a
gente ouve em sala de aula ou vê na mídia. Você quer aprender, não ganhar discussões.
Entendo perfeitamente. Mas saiba que este sentimento de solidão é comum entre
as pessoas que amam a verdade e o conhecimento. Nos dias de hoje, a verdade e a
lógica foram substituídas pelas opiniões politicamente corretas, que de
corretas não têm nada.
Caro estudante, saiba que você não está sozinho. Há muitas pessoas
que já notaram haver um abismo entre a vida real e o conteúdo ensinado em
algumas disciplinas escolares, sobretudo na área de humanas. O conselho que dou
a você é estudar profundamente todos os aspectos dos temas abordados nas aulas
de História, Geografia e Literatura. E dedique-se com igual entusiasmo às
ciências exatas.
Não ocupe o prédio da escola; invada a biblioteca. Tente ser um
estudante interessado em todos os assuntos, procurando a verdade com
obstinação. Seja o melhor no que faz – e só então passe a contestar as
meias-verdades e as falsidades que lhe são impingidas. Você verá que ser
chamado de “coxinha” é um preço irrisório a pagar pelo conhecimento da verdade.
Seguindo o caminho do estudo e da reflexão permanentes, você
descobrirá que muitos outros alunos e professores constituem uma maioria
silenciosa que, assim como você, está interessada em cultivar a inteligência,
apurar a sensibilidade e conhecer as realizações da cultura.
Um dia você poderá contestar o professor que apresenta o
socialismo e o comunismo como estágios superiores da realização humana, quando
na verdade são sistemas que produziram opressão e miséria; poderá questionar
aqueles colegas que veem a escola como um centro revolucionário e não como um
local de saber; poderá ordenar a alma com os grandes valores e conhecimentos
que sobreviveram à prova do tempo e das gerações; compreenderá o valor da
economia de mercado; intuirá que a família não é responsável pelos males do
mundo.
Fique firme, amigo estudante. A verdade o libertará!
Texto adaptado de:
Gazeta do Povo
Gazeta do Povo
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Vídeos:
Professores de esquerda
(2:36)
Sem extremismos ou meias-palavras, Luiz Pondé expõe a realidade das motivações e consequências da docência socialista.
Tipos de professores
(4:32)
Curiosidade:
O uso moderno destes termos deriva da Assembleia dos Estados Gerais, iniciada no dia 5 de maio de 1789, em Versalhes, na França.
Sátira de algumas das possibilidades desta exigente e complicada profissão.
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Jogo On-Line:
De Volta a 1964 (Sua vida em tempos de ditadura)
Desenvolvido para a revista Superinteressante, este aplicativo lhe mostra situações do contexto da época do golpe militar no Brasil e, dependendo das suas escolhas e respostas, te direciona para diferentes desfechos.
É interessante, depois de responder o que você faria, refazer a sequência de fatos com diferentes respostas e ver os finais possíveis. Boa oportunidade para perceber e refletir sobre as escolhas e consequências do que fazemos, cruzando nossa convicção pessoal com o contexto social.
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Curiosidade:
Origem do conceito político de "esquerda" e "direita"
O uso moderno destes termos deriva da Assembleia dos Estados Gerais, iniciada no dia 5 de maio de 1789, em Versalhes, na França.
Nesta assembleia, representantes do Primeiro Estado (clero) sentaram-se ao centro e de frente para o rei francês Luis XVI, os representantes do Segundo Estado (nobreza) foram posicionados à direita do rei, e o Terceiro Estado (burguesia e classes populares) à esquerda do rei.
A nobreza (sentada à direita) era conservadora, defendendo seus privilégios e contrária a qualquer mudança na forma de funcionamento do Estado. Os burgueses e populares (sentados à esquerda) exigiam a diminuição do poder absoluto do rei, reivindicando mudanças favoráveis ao enriquecimento dos burgueses e dignidade para os pobres.
O não atendimento das reivindicações populares nesta assembleia foi o motivo para as articulações políticas que em pouco tempo levariam à Revolução Francesa.
O posicionamento dos representantes nesta reunião poderia ter sido o contrário. Na verdade, era o contrário para todos, menos para o rei. Os conceitos de "esquerda" e "direita" permaneceram e são atualmente aplicados a facções e opiniões de ordem política.
Geografia e Tal
Sílvio, não sou professor, mas assino embaixo de tudo que você escreveu. Abraços.
ResponderExcluirGrato pelo apoio, João.
ExcluirPrecisamos de mais professores como você em nosso Brasil
ResponderExcluirGrato pelo apoio, Francisco.
ExcluirPenso que se esforçar para ser o mais imparcial possível é obrigação de todo professor.
Durante a aula um historiador deve se empenhar em mostrar os diversos aspectos dos fatos, fornecendo material para que cada aluno amadureça e construa suas conclusões.
Se perguntado sobre sua opinião, um professor deve dá-la fora da sala de aula.
Sou professor de História, pós graduado em Filosofia, sociologia e Geografia e não sou de esquerda e nem de direita.
ResponderExcluirDifícil posição a da neutralidade em meio a tantas vontades ideológicas e necessidades materiais...
ExcluirDifícil, mas possível e necessária!
Sou acadêmica de História e seu texto foi de grande utilidade para o meu aprendizado. Muito obrigada!
ResponderExcluirFicou satisfeito em saber que o material lhe foi útil, Emily.
ExcluirAcredito que se os historiadores querem ter respeito como cientistas sociais, têm de ser mais imparciais e racionais, menos políticos e mais analíticos.
Ola!
ResponderExcluirSaiba que desisti do curso de História por causa desse tipo de gente, pois esses sim são verdadeiros ditadores.
Recentemente ouvi um historiador dizer que a Rússia Comunista dos anos 70/80 nunca invadiu o Afeganistão.(mas adoram falar da guerra do Vietna) .
Caro Sílvio vou soltar uma caixa de Rojão, quando eu ver um professor de História falar em sala de aula do Hollodomor (reconhecido massacre de Ucranianos coordenado pelo regime de Stalin).
aMei amigo já virei deu fã.
Leandro Benedito
Olá Leandro.
ExcluirPoliticagem é o subproduto da política (que já não é algo muito agradável, para mim)! E não faltam atualmente, nas faculdades e escolas, professores mostrando aos alunos e colegas de trabalho suas convicções pessoais como informações acadêmicas, omitindo e distorcendo tendenciosamente o que não lhes convém e destacando aquilo que confirma suas expectativas.
Se historiar como profissão é uma paixão/vocação para você, não desista! A omissão ou desistência de historiadores que zelam pela neutralidade e pela informação ao invés da doutrinação é que permite que as atuais faculdades de História tenham se tornado intolerante (e intoleráveis) nichos partidários de filosofia da esquerda que, equivocadamente, tenta-se agora confrontar formando pequenos nichos de acadêmicos que defendem ideais caracterizados como direita. Um bom educador ensina a pensar ao invés de fomentar pensamentos prontos, e para tal é necessário mostrar diferentes pontos de vista sobre mesmos fatos, com suas origens, possibilidades e consequências! O empobrecimento cultural é terreno fértil para o radicalismo, a violência e a desonestidade!
Se você considera importante que alunos conheçam o massacre de Hollodomor e outros fatos que formem questionadores autônomos ao invés de seguidores alienados, são necessários constante perseverança, vigilância e senso crítico para estar em um lugar onde se possa lançar ideias instigantes para as novas gerações, como uma sala de aula.
Não facilite a situação para aqueles que você considera prejudiciais à formação de uma sociedade mais eficiente e promissora. A mediocridade vence pela maior quantidade, não maior qualidade. Não espere para soltar rojões; faça por onde ser você esta boa nova que considera motivo de celebração; vá à faculdade de História e ao(s) concurso(s) para atuar na área de educação.
As minorias têm a tendência de, após um processo de fortalecimento do espírito e do método, tornarem-se focadas e respeitáveis pela coerência do que pensam e fazem, uma vez que são constantemente colocadas à prova e precisam ser acima da média para se manter. O problema é que depois que se tornam maioria, os que antes estavam em desvantagem, sentindo-se fortes o suficiente para se impor, relaxam nos princípios e fazeres, tornam-se os novos opressores. Mas isso é outra história...
Muito bom texto. Será que vc poderia listar aqui algumas opções (se existentes) de faculdades/cursos de história mais imparciais no Brasil? Desde já, obrigado.
ResponderExcluirOlá. Gostaria de poder ajudar com alguma indicação, mas não tenho conhecimento de nenhum local com este perfil. Parece-me que ainda por um bom tempo os cursos de História serão dominados pelos revolucionários teóricos.
ExcluirEm tempos de respeito à diversidade, o que se faz necessário é, como estudante, se posicionar logo na primeira aula em que começar a “catequese acadêmica” avisando que o que você busca no curso é informação e não doutrinação (até porque um historiador deve ser imparcial em suas pesquisas e explanações, senão se torna um propagandista, destacando o que convém e omitindo outros aspectos).
Reclame na coordenação do curso quantas vezes julgar necessário. Mudanças duradouras são construídas com persistência e coerência! Se não conseguir mudanças no curso, ao menos os que se identificam com sua postura se sentirão encorajados a se expressar e te procurar, assim você(s) não se sentirá(ão) tão isolado(s).
Eu sou professora de história da rede pública e este texto veio como um bálsamo.
ResponderExcluirQuase todos meus colegas de esquerda me criticam por eu ter uma posição imparcial e tentar desmistificar esta áurea de santidade da esquerda.
Fico feliz por saber que não estou só!
Precisamos amadurecer politicamente e deixar de votar em messias (com promessas de ganhos fáceis e rápidos) para começar a procurar administradores (com projetos viáveis de ganhos, mesmo que em médio e longo prazo). Essa tendência messiânica dos eleitores brasileiros nos fez – e faz – perder tempo e ser(mos) massa de manobra para politicagem (toma lá da cá de grupos restritos) ao invés de política (processo de convicções e práticas de caráter comunitário).
ExcluirO discurso de liberdade e fraternidade da esquerda é sedutor (continuo achando-o muito agradável!), mas é necessário perceber e admitir as desonestidades, incompetências e tiranias que grupos e governos de esquerda praticam, tornando-os tão prejudiciais quanto a direita política.
Na história do recente período democrático no Brasil, o baixo nível de rendimento dos dirigentes das diferentes esferas governamentais era justificado pela ignorância (educacional) dos que os colocavam no poder. Com a quantidade e facilidade de informações do século 21, é a alienação (cegueira voluntária motivada pelas paixões e conveniências) que divide e nivela por baixo a cobrança aos ocupantes de cargos políticos.
Enquanto os cidadãos de esquerda e direita se hostilizam, os pobres continuam a ser explorados pelos ricos, que colocam vantagens acima de ideologias e se aproveitam das oportunidades criadas pelo individualismo e insensatez.
Sou aluna de História, estou no segundo ano e passo dificuldades em sala por motivo de ser a única que não é a favor da esquerda.
ResponderExcluirOi, Carolina.
ExcluirGeralmente os simpatizantes de esquerda se veem como "defensores da liberdade", mas tendem a ser tão intolerantes e tirânicos quanto os que criticam!
Neste Brasil movido pela conveniência do menor esforço e pela conivência da ignorância e desonestidade, o resultado não pode ser outro além da decadência.
(Isso porque temos a Venezuela mostrando os resultados prejudiciais de um país que se rende ao discurso de um populismo incompetente e hipócrita!)
Sua escolha é se calar (por cansaço ou medo) ou ser uma voz que defende o que acredita ser o mais benéfico para a sociedade onde vive. Não esqueça que o(a) historiador(a) deve se guiar pela razão mais do que a paixão, mesmo que isso vá contra seus interesses particulares, senão perde a imparcialidade necessária à ciência e se torna instrumento de doutrinação.
Acredito que a coisa tende a piorar, pois a mediocridade vence pela quantidade maior do que a qualidade, e esta é a síntese da atual (des)educação estimulada pelos governantes e aceita pelos governados.
Bom texto. Sou de esquerda, mas legal seu ponto de vista, e fico feliz de vc não ser um fascista.
ResponderExcluirCOncordo que há preconceito contra direitistas em alguns cursos de humanas, na cabeça de muitos há uma imagem de que todo direitista é fascista ou algo do tipo, ou de que quando é neutro é um direitão enrustido.
Pois é, Bruno.
ExcluirEstereótipos são quase inevitáveis para uma inicial conceituação e raciocínio, mas se não saímos desta etapa, provavelmente haverá empobrecimento no processo como um todo e no resultado final.
Acredito que não há vilões e bonzinhos em plenitude de sentimentos e tempo, bem como a maioria das pessoas não são simpatizantes sem restrições de modelos políticos, apoiando alguns aspectos e refutando outros.
Canja e ponderação não fazem mal a ninguém...
sou graduado em história,porém sou de direita. Sou bombardeado pelos meus colegas esquerdistas, mas estou conseguindo resistir. Para você professor de história que não é esquerdista, recomendo que leiam a Obra "O Livro Negro do Comunismo". O livro apresenta todas as atrocidades e o genocídio(110 milhões de mortos) que o comunismo causou ao longo da história.
ResponderExcluirPersista em ter seu ponto de vista, com coerência e respeito ao lugar que um professor deve ter: ser instrumento de informação e não doutrinação!
ExcluirUm educador deve se empenhar para mostrar aos alunos os pontos favoráveis e desfavoráveis dos fatos históricos, da forma mais imparcial que a condição humana permita, e incentivar que cada um tire suas conclusões.
Poderia ter um grupo de whats com professores de história e acadêmicos que não são de esquerda.
ResponderExcluirPrezado Sr. Sylvio, foi-se o tempo em que a política para mim não significava absolutamente nada, meu perfil político era o mesmo da maioria das pessoas, votava por tinha que cumprir com uma obrigação, a meu ver, até então imposta, algo que não fazia a menor diferença.
ResponderExcluirSou Pedagogo, porém nunca pensei que uma formação superior fosse mudar tanto minha visão política, sempre gostei muito de ler, gosto de romances, história, geografia, etc..., hoje assuntos relacionados a política fazem parte do meu repertório de leitura.
Em função desse despertamento político, e ao contrário das minhas colegas de sala, que se limitaram os conteúdos pedagógicos sem a curiosidade de uma pesquisa mais a fundo, em saber o que tinha por trás das metodologias de ensino, os debates eram constantes.
Quando começamos a estudar sobre os “pensadores” da educação, em especial os da atualidade, vi que se fizesse com eles uma prova de fogo, nem as cinzas daria para aproveitar, os discursos não mudam, sempre a mesma balela, aquele discursinho socialista de sempre.
Para mim o ponto alto das discussões giravam em torno de Paulo Freire, por quem nunca tive simpatia alguma, na sequência vinha Vygotsky e Piaget, o primeiro quanto mais estudava, mais a repulsa aumentava, os dois últimos, até então não tinha nada contra, porém pesquisando, lendo descobri que ambos fizeram seus estudos baseados no socialismo marxista, ou seja, socioconstrutivismo, sobrou a Montessori, menos ruim, mas estudado o perfil e linha de pensamento, descobri também que defendia a mesma linha de raciocínio que Pulo Freire, poderíamos dizer que Montessori é um Paulo Freire que trabalha com as crianças, enfim, os debates eram acirrados.
Mas quero parabeniza-lo pole trabalho e pela sua isenção como professor de história, coisa rara de se ver hoje, as universidades estão tão ideologizadas com doutrinas socialistas que realmente está difícil de a permanência daqueles que defendem uma ideologia que não a deles, este é excluído pelo próprio ambiente.
Nos cursos de humanas, em especial de Pedagogia, o aluno não tem acesso a uma bibliografia de outros pensadores, especialmente de direita, então não se conhece pensamentos ou metodologias de direita, colocando o aluno sob uma ditadura esquerdista.
Durante o curso, observa-se que a tendência dos conteúdos e dos professores que se aproveita dos conteúdos, para massacrar a educação no período militar com se fosse a pior que já tivemos.
Acho que o Sr. foi muito feliz ao citar “Desde o fim do período militar no Brasil, há uma tendência generalizada entre os professores em valorizar a política de esquerda como uma forma de protesto e compensação pelas arbitrariedades da direita. Tablado de sala de aula se torna palanque eleitoral para ideologias socialistas que, com seu apelo (teórico) de justiça e igualdade, seduz grande parte dos jovens e inexperientes estudantes, que se empolgam pelo impulso dos discursos e intenções, sem levar em consideração a posterior análise dos resultados e motivações”.
Gostaria de solicitar do Sr. uma bibliografia, na área da educação, de pensadores de direita e aproveitando a oportunidade, já que estou falando com um historiador isento, solicitar também um breve histórico de como foi esta educação no período militar.
Agradeço a atenção.