Como é visto pelos outros professores o historiador que não defende a ideologia de esquerda ?
Professores (Ditadores) de História
Sou simpatizante da proposta de uma sociedade
mais igualitária e menos exploradora, com maior valorização da vida comunitária
e menor ênfase na obtenção de lucros e individualismo. Propostas típicas da
política de esquerda. Bela teoria que, na prática, até o momento não se mostrou
viável.
Os discursos populistas das nações socialistas
serviram como instrumento de propaganda e manipulação para governos que
sustentaram o luxo de uma elite enquanto nivelavam na igualdade da pobreza a
maior parte da população. Mais do que opiniões minhas, são fatos, comprovados pelas
estatísticas e fontes históricas! O populismo gosta tanto dos
pobres que os multiplica!
O nacionalismo típico da política de direita –
com seu moralismo e truculência – também não ajuda de forma eficiente os pobres
e vulneráveis. Muita liberdade já foi sacrificada em nome de conceitos que, após
uma análise mais apurada, mostram ser pouco mais do que luta pelo poder, a
custa de sofrimentos e prejuízos inúteis. Mais útil e difícil do que morrer
pela pátria é viver por ela!
O capitalismo certamente não é o melhor sistema
social que se pode imaginar, mas até o momento é o mais eficiente para
enriquecer as nações, apesar de não distribuir estas riquezas para suas
populações. Gosto da ideia de viver numa pequena comunidade, onde as pessoas se
conheçam e produzam o necessário para sua sobrevivência com conforto, sem
pressões desnecessárias, mas penso ser pouco provável que este pequeno grupo
social resista às influências e exigências de uma grande sociedade baseada na
insatisfação e consumismo.
Minha posição política é, antes de tudo, de
enjoamento e desencanto. Não me sinto convencido por direita ou esquerda e, na
falta de melhor definição, me considero politicamente neutro, com simpatia teórica
pelo socialismo e conformação prática com o capitalismo, apesar de sua
insaciável e insensível exploração.
O que me atrai na profissão de historiador é a
possibilidade de entender os motivos para o que fazemos – como indivíduos e
sociedades – e para o que existe atualmente, nos permitindo a possibilidade de
executarmos o presente e planejarmos o futuro de forma mais eficiente.
O historiador, portanto, deve procurar a
compreensão das diferentes motivações e, de forma o mais imparcial possível, explicar
os diferentes fatos e seus desdobramentos, permitindo uma melhor análise para
formar conceitos e praticar ações que levem a resultados mais coerentes e produtivos.
Não é isso o que acontece atualmente no Brasil!
O historiador se tornou, na maioria das vezes, mais um doutrinador do que um
educador! As opiniões e análises apresentadas são destacadas de acordo com suas vontades ou
necessidades, de forma conveniente e manipulada, omitindo ou destacando aspectos que sejam favoráveis ao comunismo.
Desde o fim do período militar no Brasil, há
uma tendência generalizada entre os professores em valorizar a política de
esquerda como uma forma de protesto e compensação pelas arbitrariedades da
direita. Tablado de sala de aula se torna palanque eleitoral para ideologias
socialistas que, com seu apelo (teórico) de justiça e igualdade, seduz grande parte dos jovens e inexperientes
estudantes, que se empolgam pelo impulso dos discursos e intenções, sem levar em consideração a posterior análise dos resultados e motivações.
Os professores que não
repetem ou valorizam as ideologias de esquerda são rotulados
como simpatizantes ou atuantes de direita, como se fosse impossível uma
neutralidade, indiferença ou insatisfação simultânea com o comunismo e a
tirania.
Esta tendência brasileira de
acadêmicos de esquerda, somada à recente filosofia do "politicamente correto",
levou ao atual moralismo e intolerância com qualquer simpatia a aspectos
positivos ou úteis nos movimentos de direita, ou uma tentativa de neutralidade.
Há, em maior ou menor grau, dependendo da instituição de ensino onde se trabalha, uma discriminação explícita ou dissimulada, que pode levar a um isolamento e perda de oportunidades para o historiador que não faz parte da turma dos revolucionários de butique ou filósofos de boteco, com seus discursos marxistas, cheios de palavras liberais e libertadoras, vivendo numa rotina capitalista em que há mais ações concretas para a produção sindical do que social.
Faço parte dos historiadores que, por questionar a esquerda (também questionando a direita), sou taxado de reacionário ou antiquado. Estou fora da atual moda na América do Sul das ditaduras socialistas... Paciência!
O jornalista e escritor pernambucano Nelson Rodrigues afirmou que "toda unanimidade é burra", pois a falta de diversidade leva à ditadura da intolerância contra as novas possibilidades.
Apesar do conceito de "ditadura" remeter à imagem de militares fardados e armados, o conceito ditatorial descreve um regime governamental onde todos os poderes do Estado estão concentrados em um indivíduo, um grupo de pessoas ou um partido político. A ditadura não admite oposição a seus atos e ideias, possuindo poder e autoridade absolutas, com pouca participação de fato da população na tomada das decisões. Portanto há ditaduras militares e civis, de direita e esquerda.
A ditadura militar é uma forma de governo onde o poder é controlado por um grupo de militares que, visando seus interesses, ignoram direitos individuais. A ditadura do proletariado – de acordo com o filósofo Karl Marx – é uma etapa de um governo de uma nação rumo ao comunismo, onde o Estado imponha, pela força (de expulsões, prisões ou execuções), o fim da diferença entre as classes sociais, ignorando direitos coletivos. Portanto, como cidadão desencantado com a esquerda e descrente com a direita, deixo aqui meu registro e desabafo como historiador sobre o moralismo e preconceito – dissimulado ou não – contra os professores (particularmente dentro da área de Humanas) que não são simpatizantes ou tolerantes com os discursos ou a doutrinação da esquerda política.
O professor que não é de esquerda
(Paulo Briguet)
Quero falar de um herói brasileiro: o professor de História que
não é de esquerda. É verdade que todo ofício tem os seus ossos, mas o ofício do
professor de História não esquerdista é um ossuário do Khmer Vermelho. Nada se
compara às dificuldades deste mártir da educação.
Quando um petista fica sem argumento, costuma encerrar a discussão
bradando: “Vá ler um livro de História!” Pois é. Esse professor leu. O problema
é que leu não apenas um, mas vários livros. Não se limitou às obras
recomendadas pelo MEC e abençoadas pelos discípulos de Paulo Freire; foi muito
além. Tanto leu que acabou por descobrir as grandes farsas criadas pela
esquerda para reescrever a história segundo a cartilha socialista.
O professor de História que não é de esquerda tem uma característica:
ele é muito bom. Só assim, sendo o melhor no que faz e tornando-se
indispensável para as escolas sérias, ele consegue sobreviver ao bombardeio
maciço dos colegas esquerdistas. O mestre não esquerdista precisa ter um
conhecimento vasto, profundo e entusiasmante da matéria que leciona. Se ele é
muito bom, sobrevive. Os companheiros dizem: “Ele é direitista, mas...” Ao
menor vacilo, no entanto, o tapete lhe será puxado.
E notem bem: o professor de história que não é de esquerda não
precisa obrigatoriamente ser de direita, conservador ou coisa que o valha.
Basta que ele não comungue das teses da esquerda. Citar os 100 milhões de
mortos do comunismo ou dizer, candidamente, que nenhuma experiência socialista
deu certo na história, ah, isso já é praticamente um atestado de fascismo. Se
ainda por cima disser que Che Guevara fuzilou mais que o pior inquisidor
queimou ou lembrar que as pessoas fogem de Cuba e não para Cuba, aí já é um
ditador consumado.
Por isso, eu rendo a minha homenagem a esse discreto herói
brasileiro que todos os dias arrisca sua reputação e o seu salário nas salas de
aula – apenas por amor à verdade. Comparável a ele só existe um: o estudante
universitário não esquerdista.
Texto adaptado de:
Gazeta do Povo
Gazeta do Povo
Sei como é...
O estudante que não é de esquerda
(Paulo Briguet)
Falei sobre a dura vida do professor de História que não é de
esquerda. Fiquei muito feliz com a repercussão da crônica, que teve mais de 10
mil compartilhamentos na internet e provocou comentários generosos de vários
professores que se identificaram com o texto. Agora quero homenagear outro
herói brasileiro: o estudante que não é de esquerda.
Eu sei que muitas vezes você se sente solitário e desanimado, meu
jovem. É mais fácil ficar em silêncio do que contestar alguns absurdos que a
gente ouve em sala de aula ou vê na mídia. Você quer aprender, não ganhar discussões.
Entendo perfeitamente. Mas saiba que este sentimento de solidão é comum entre
as pessoas que amam a verdade e o conhecimento. Nos dias de hoje, a verdade e a
lógica foram substituídas pelas opiniões politicamente corretas, que de
corretas não têm nada.
Caro estudante, saiba que você não está sozinho. Há muitas pessoas
que já notaram haver um abismo entre a vida real e o conteúdo ensinado em
algumas disciplinas escolares, sobretudo na área de humanas. O conselho que dou
a você é estudar profundamente todos os aspectos dos temas abordados nas aulas
de História, Geografia e Literatura. E dedique-se com igual entusiasmo às
ciências exatas.
Não ocupe o prédio da escola; invada a biblioteca. Tente ser um
estudante interessado em todos os assuntos, procurando a verdade com
obstinação. Seja o melhor no que faz – e só então passe a contestar as
meias-verdades e as falsidades que lhe são impingidas. Você verá que ser
chamado de “coxinha” é um preço irrisório a pagar pelo conhecimento da verdade.
Seguindo o caminho do estudo e da reflexão permanentes, você
descobrirá que muitos outros alunos e professores constituem uma maioria
silenciosa que, assim como você, está interessada em cultivar a inteligência,
apurar a sensibilidade e conhecer as realizações da cultura.
Um dia você poderá contestar o professor que apresenta o
socialismo e o comunismo como estágios superiores da realização humana, quando
na verdade são sistemas que produziram opressão e miséria; poderá questionar
aqueles colegas que veem a escola como um centro revolucionário e não como um
local de saber; poderá ordenar a alma com os grandes valores e conhecimentos
que sobreviveram à prova do tempo e das gerações; compreenderá o valor da
economia de mercado; intuirá que a família não é responsável pelos males do
mundo.
Fique firme, amigo estudante. A verdade o libertará!
Texto adaptado de:
Gazeta do Povo
Gazeta do Povo
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Vídeos:
Professores de esquerda
(2:36)
Sem extremismos ou meias-palavras, Luiz Pondé expõe a realidade das motivações e consequências da docência socialista.
Tipos de professores
(4:32)
Curiosidade:
O uso moderno destes termos deriva da Assembleia dos Estados Gerais, iniciada no dia 5 de maio de 1789, em Versalhes, na França.
Sátira de algumas das possibilidades desta exigente e complicada profissão.
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Jogo On-Line:
De Volta a 1964 (Sua vida em tempos de ditadura)
Desenvolvido para a revista Superinteressante, este aplicativo lhe mostra situações do contexto da época do golpe militar no Brasil e, dependendo das suas escolhas e respostas, te direciona para diferentes desfechos.
É interessante, depois de responder o que você faria, refazer a sequência de fatos com diferentes respostas e ver os finais possíveis. Boa oportunidade para perceber e refletir sobre as escolhas e consequências do que fazemos, cruzando nossa convicção pessoal com o contexto social.
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Curiosidade:
Origem do conceito político de "esquerda" e "direita"
O uso moderno destes termos deriva da Assembleia dos Estados Gerais, iniciada no dia 5 de maio de 1789, em Versalhes, na França.
Nesta assembleia, representantes do Primeiro Estado (clero) sentaram-se ao centro e de frente para o rei francês Luis XVI, os representantes do Segundo Estado (nobreza) foram posicionados à direita do rei, e o Terceiro Estado (burguesia e classes populares) à esquerda do rei.
A nobreza (sentada à direita) era conservadora, defendendo seus privilégios e contrária a qualquer mudança na forma de funcionamento do Estado. Os burgueses e populares (sentados à esquerda) exigiam a diminuição do poder absoluto do rei, reivindicando mudanças favoráveis ao enriquecimento dos burgueses e dignidade para os pobres.
O não atendimento das reivindicações populares nesta assembleia foi o motivo para as articulações políticas que em pouco tempo levariam à Revolução Francesa.
O posicionamento dos representantes nesta reunião poderia ter sido o contrário. Na verdade, era o contrário para todos, menos para o rei. Os conceitos de "esquerda" e "direita" permaneceram e são atualmente aplicados a facções e opiniões de ordem política.
Geografia e Tal