A Sexta-Feira 13 e o azar
A origem da sexta-feira 13
A sexta-feira 13 em qualquer mês é considerada popularmente como um dia de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi supostamente o dia em que Jesus foi crucificado. Unindo o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se pela tradição a data como dia de mau agouro e infortúnio.
Os fatos e mitos sobre a sexta-feira e o número 13
Ao longo da história o número 13 foi sido considerado número de sorte ou um número sagrado em algumas culturas. Para os antigos egípcios, a vida era composta por 12 diferentes estágios, sendo o 13º o da vida eterna, associando o número 13 com a morte numa concepção positiva, de uma gloriosa e duradoura transformação. Essa ligação do 13 com a morte teria permanecido e foi distorcida por outras culturas que nutriam o medo da morte, por não percebê-la como algo favorável ou o destino de qualquer vida.
A evidência de que as culturas primitivas reverenciavam o 13 pode ser constatada por meio de vários vestígios arqueológicos, como a Vênus de Laussel, deusa da fertilidade, uma estatueta com mais de 25 mil anos encontrada na França, que carrega em suas mãos um chifre em forma de crescente lunar com 13 furos. O chifre representaria a abundância enquanto os 13 furos eram uma referência ao ciclo menstrual.
Antigos calendários se baseavam no ciclo da Lua (uma referência feminina), possuindo 13 meses de 28 dias. Em 24 de fevereiro de 1582 o Papa Gregório XIII adotou para o ocidente o calendário com 12 meses, baseando-se no ciclo do Sol (uma referência masculina). Teorias da conspiração afirmam que a intenção da patriarcal Igreja Católica com a mudança no calendário era evitar o culto à figura feminina, divinizada pelas antigas religiões pagãs, priorizando o culto a Deus-Pai, representado pelos sacerdotes e pelo Papa.
Oficialmente, o Papa Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas para corrigir o calendário juliano, seguido na Europa desde os tempo do Império Romano, com o objetivo de fazer regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e desfazer o erro de 10 dias existente na época, tornando mais eficientes as épocas de plantio e colheita. Após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter gravissimas que adotou o calendário gregoriano, seguido pela maior parte do planeta até os dias atuais. Independentemente dos motivos, o fato é que para os ocidentais os anos deixaram de ter 13 meses e passaram a ter 12.
A associação do 13 a infortúnio está presente em dois mitos da mitologia nórdica, que teriam influenciado a opinião pública ao longo dos tempos. O primeiro conta que em Valhalla, morada dos deuses nórdicos, houve um banquete e 12 divindades foram convidadas. Loki, espírito do mal e da discórdia, ficou enciumado por não ser convidado e apareceu disfarçado, sem ser chamado, armando uma trama que terminou com a morte de Balder, favorito entre os deuses. Esta narrativa teria estimulado a crença de que um encontro com treze pessoas termina mal.
Antigos calendários se baseavam no ciclo da Lua (uma referência feminina), possuindo 13 meses de 28 dias. Em 24 de fevereiro de 1582 o Papa Gregório XIII adotou para o ocidente o calendário com 12 meses, baseando-se no ciclo do Sol (uma referência masculina). Teorias da conspiração afirmam que a intenção da patriarcal Igreja Católica com a mudança no calendário era evitar o culto à figura feminina, divinizada pelas antigas religiões pagãs, priorizando o culto a Deus-Pai, representado pelos sacerdotes e pelo Papa.
Oficialmente, o Papa Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas para corrigir o calendário juliano, seguido na Europa desde os tempo do Império Romano, com o objetivo de fazer regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e desfazer o erro de 10 dias existente na época, tornando mais eficientes as épocas de plantio e colheita. Após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter gravissimas que adotou o calendário gregoriano, seguido pela maior parte do planeta até os dias atuais. Independentemente dos motivos, o fato é que para os ocidentais os anos deixaram de ter 13 meses e passaram a ter 12.
A associação do 13 a infortúnio está presente em dois mitos da mitologia nórdica, que teriam influenciado a opinião pública ao longo dos tempos. O primeiro conta que em Valhalla, morada dos deuses nórdicos, houve um banquete e 12 divindades foram convidadas. Loki, espírito do mal e da discórdia, ficou enciumado por não ser convidado e apareceu disfarçado, sem ser chamado, armando uma trama que terminou com a morte de Balder, favorito entre os deuses. Esta narrativa teria estimulado a crença de que um encontro com treze pessoas termina mal.
A percepção negativa de refeições associadas ao número 13 foi reforçada pela Santa Ceia, onde sentaram-se à mesa 13 pessoas, tendo acontecido logo após a traição e prisão de Jesus Cristo, que culminaria em sua morte.
Carta 13 do Tarot (Tarô): A Morte
Se um mito nórdico teria influência sobre a percepção do número 13, um segundo influenciaria o conceito sobre a sexta-feira. Este dia recebeu seu nome em inglês ("Friday" originado de "Friggadag") em homenagem a Frigga, a deusa nórdica do amor e da fertilidade, que era cultuada como uma espécie de padroeira das mães e donas de casa. Essa forte figura feminina, de acordo com os historiadores, representava uma ameaça ao cristianismo, dominado por homens. Para combater sua influência, a igreja cristã caracterizou Frigga como uma bruxa, difamando o dia que a homenageava. Com acréscimos e adaptações ao longo do tempo essa caracterização também englobou o número 13. Criou-se o mito de que, para se vingar pelo fato de ser desprezada em favor do Deus cristão, nas sextas-feiras Frigga se reunia com outras 11 bruxas, tendo o diabo como 13º participante, e juntos lançavam maldições sobre a humanidade.
A crucificação e morte de Jesus Cristo teria acontecido numa sexta-feira, que passou a ser conhecida como Sexta-Feira da Paixão, o que difundiu entre os católicos a associação do dia com fatos negativos, mesmo que tal data seja contestada por alguns estudiosos que afirmam que o calendário usado pelos judeus da época colocaria a morte de Jesus em outro dia da semana.
Durante a Idade Média houve a transmissão oral dos mitos de que Adão e Eva teriam sido expulsos do paraíso numa sexta-feira, bem como também seria neste dia que ocorreu o grande dilúvio bíblico onde se salvaram apenas os escolhidos por Noé. Não se sabe se tais mitos foram difundidos por pessoas ligadas à Igreja ou surgiram espontaneamente na população, mas fato é que com o baixo nível de alfabetização da época a transmissão de conhecimentos e tradições era feita através da cultura oral, que difundiu na Europa tais crenças religiosas que se espalharam pelo mundo na época das grandes navegações, rotulando a sexta-feira como um dia maldito.
Um dos fatos históricos que ajudou na difusão da sexta-feira 13 como uma data ruim foi quando o rei Felipe IV da França declarou ilegal a Ordem dos Templários em seu reino.
O rei sentia-se ameaçado pelo crescente poder e influência exercidos pela Igreja Católica dentro de seus domínios e, para contornar a situação, tentou se filiar à prestigiada e rica ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, que recusou a entrada do monarca na corporação por não perceber nele o necessário fervor religioso. Como vingança, Felipe IV acusou a Ordem dos Templários de traição e heresia numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, e neste dia começou uma rápida sequência de prisões dos nobres e cavaleiros templários. Seus bens foram confiscados, muitos foram torturados e todos executados em locais públicos através do enforcamento por traição ou queimados vivos por heresia. A população da época, desconhecendo as motivações políticas, associou a sexta-feira 13 das prisões ao inesperado e à má sorte das cruéis execuções para muitos dos ricos e poderosos de então.
Gatos pretos são associados ao azar e à sexta-feira 13
Bruxas são associadas ao mal e à sexta-feira 13
Curiosidades sobre a sexta-feira e o número 13
- Marinheiros ingleses não gostam de zarpar seus navios à sexta-feira.
- Na França há restaurantes onde é possível contratar um serviço chamado "convidado profissional número 14", para que não hajam mesas com 13 pessoas.
- Nos Estados Unidos algumas companhias aéreas não têm a 13ª fileira em suas aeronaves e muitos edifícios não possuem o 13º andar. Nestes, a sinalização dos elevadores, escritórios e apartamentos pula do 12º para o 14º andar.
- No Tarô (Tarot) a carta de número 13 representa a morte.
- Segundo matéria da revista National Geographic de 2004, nos Estados Unidos cerca de 900 milhões de dólares são perdidos nas sextas-feiras 13, justamente devido às pessoas que se recusam a fazer qualquer tipo de negócio nesta data.
- Vários centros de adoção de animais não doam gatos pretos próximo a sexta-feira 13 e Dia das Bruxas para evitar possíveis rituais de sacrifício.
- Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13.
- Parascavedecatriafobia ou Frigatriscaidecafobia é a fobia específica da sexta-feira 13.
- Na Itália, o dia do azar é a sexta-feira 17. Já em alguns países de língua hispânica e na Grécia, a terça-feira 13 é o dia de má sorte.
Sexta-Feira 13 no calendário
Agosto: mês do desgosto
Além do mês do desgosto, agosto é o mês do cachorro doido para a crendice de alguns. Imagine então a sexta-feira 13 em agosto... é o fim de tudo o que há de bom, ocasião de estar com os dois pés na cova, um dia para se sobreviver!
Foram os romanos que deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, em homenagem ao imperador César Augusto. César, na época, estava conseguindo grandes vitórias, como a conquista do Egito e o fato de tornar-se cônsul, e não queria ficar atrás do imperador Júlio César, cujo mês de Julho é em sua homenagem. Esta disputa de vaidades explica porque Julho e Agosto são os dois únicos meses seguidos com 31 dias... ou não!
Já entre os romanos o mês de agosto começou a ser considerado azarento. Eles acreditavam que existia um dragão imenso e terrível, que andava pelo céu cuspindo fogo durante o mês de agosto. Mesmo depois de descobrirem que o tal dragão era a constelação de Leão, visível nos céus do hemisfério norte naquele período do ano, continuou a associação do mês a fatos ruins.
Em Portugal, o medo do mês de agosto surgiu no período das grandes navegações, que duravam muitos meses e até anos. As mulheres portuguesas evitavam casar em agosto porque era nessa época que os navios das expedições geralmente saíam à procura de novas terras, aproveitando os ventos mais favoráveis na região. Por isso, casar em agosto significava ficar sozinha, às vezes sem lua-de-mel ou até mesmo viúvas.
No Brasil, por influência dos portugueses, esta crença chegou e se espalhou. Daí o dito popular “casar em agosto traz desgosto”.
Na Argentina muitos deixam de lavar a cabeça em agosto porque acreditam que nesta época isso chama a morte. Talvez seja apenas coincidência a relação desta crença dos argentinos com o fato de não ser muito saudável o contato com cabelos longos molhados no inverno rigoroso do sul da Argentina, com clima polar.
Na África, o dia 24 de agosto é o chamado “Dia em que o Diabo anda solto”, "Dia de todos os Exús" ou simplesmente "Dia do Diabo". Os seguidores do Candomblé e alguns católicos acreditam que neste dia se abrem as portas do Inferno, quando os demônios praticariam seus atos e influenciariam maldades, retornando para o Inferno ao fim do dia. Agosto tornou-se conhecido para alguns como a época em que o diabo fica solto na Terra.
Agosto também é o mês das cobras. Segundo as crenças, nesta época as cobras ficam desorientadas e atacam tudo que alcançam.
Por ser este é o mês do frio e da ventania, agosto é tido em muitos lugares como o período das assombrações e fantasmas que gemem e arrastam correntes, também das almas penadas que balançam as redes de quem dorme.
Tem também o mito de agosto ser o “mês do cachorro louco“. Durante este mês aumenta a concentração de cadelas no cio devido às condições climáticas. Com muitas cadelas no período fértil, os cachorros ficam “loucos” e brigam para conquistar a fêmea. Por este motivo se acreditaria que os cães excitados estariam com a doença da Raiva. O maior número de relacionamentos sexuais entre os cães aumenta a probabilidade de infecção pelo vírus da Raiva, causando campanhas de vacinação anti-rábica nesta época.
Dizem também que é comum as pessoas ficarem mais perturbadas no mês de agosto, principalmente quem tem descendentes com histórico de loucura na família.
Particularmente penso que, aqui no Brasil, por ser o último mês do inverno, em agosto o ânimo já esteja comprometido pela maior permanência em lugares fechados e o corpo tenha acumulado uma incômoda sensação de musculatura progressivamente travada ao longo dos meses frios. Estas condições são sucedidas pelas cores e calores da Primavera em setembro, fortalecendo a identificação de agosto com um período ruim a ser superado, rumo a tempos mais agradáveis.
Cada um tem a percepção que lhe convém ou é possível...
Leia
Agosto, o mês do azar
Sobrenatural.Org
Agosto, o mês do desgosto
Maskoto
Agosto, mês do cachorro louco
Liberdade! Liberdade!
Agosto: mês do cachorro louco?
Agosto: o mês do desgosto
Agosto: o mês do cachorro louco
Alguns conceitos que copiei do dicionário Michaelis:
Superstição
1. Sentimento religioso excessivo ou errôneo, que muitas vezes arrasta as pessoas à prática de atos indevidos e absurdos. 2. Crença errônea; falsa ideia a respeito do sobrenatural. 3. Temor absurdo de coisas imaginárias. 4. Presságio infundado ou vão que se tira de acidentes ou circunstâncias meramente fortuitas. 5. Crendice, preconceito.
1. Sentimento religioso excessivo ou errôneo, que muitas vezes arrasta as pessoas à prática de atos indevidos e absurdos. 2. Crença errônea; falsa ideia a respeito do sobrenatural. 3. Temor absurdo de coisas imaginárias. 4. Presságio infundado ou vão que se tira de acidentes ou circunstâncias meramente fortuitas. 5. Crendice, preconceito.
Azar
1. Má sorte. 2. Casualidade. 3. Desgraça.
Mito
1. Fábula que relata a história dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade pagã. 2. Interpretação primitiva e ingênua do mundo e de sua origem. 3. Tradição que, sob forma alegórica, deixa entrever um fato natural, histórico ou filosófico. 4. Exposição simbólica de um fato. 5. Coisa inacreditável.
6. Enigma. 7. Utopia. 8. Pessoa ou coisa incompreensível.
Fontes de referência:
Wikipédia
Sexta-feira 13
GizModo
Como a sexta-feira 13 ganhou a fama de dia do azar
Muito Interessante
Como surgiu a lenda de que sexta-feira 13 é um dia de azar?
Mundo Estranho
Por que a sexta-feira 13 é considerada o dia do azar?
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-a-sextafeira-13-econsiderada-o-dia-do-azar
3 Fases da Lua
Por que a sexta-feira 13 é considerada o dia do azar?
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-a-sextafeira-13-econsiderada-o-dia-do-azar
3 Fases da Lua
Origem da sexta-feira 13
Galileu
De onde vem a expressão "sexta-feira 13"
Alvanista
O mito da sexta-feira 13
Wikipédia
Vênus de Laussel
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_de_Laussel
Wikipédia
Calendário Gregoriano
Muito bom, Sylvio. Quando se trata de superstições, a criatividade popular (e oficial) é pródiga em histórias. De qualquer maneira, nós, que não somos bobos nem nada, colocamos nossos blogs com 12 (grupopitomba) e 14 letras (historiasylvio). E vamo que vamo (12 letras)!
ResponderExcluirUia !!!
ExcluirNóis raspô nesse trem di azar!
Arredá cumpadi !!!