Templo de Kukulcán - Chichén Itzá (México)
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Os maias provavelmente foram a mais antiga das civilizações na América antes da chegada dos europeus, embora jamais tenham atingido o nível urbano dos astecas e incas. Pode-se afirmar que, de um modo geral, os maias foram os mais cultos, os astecas os mais militarizados e os incas os mais politizados entre os povos americanos pré-colombianos.
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Os maias se destacaram por sua língua escrita, arquitetura, arte e atingiram um alto grau de conhecimento em matemática e astronomia, superior à Europa da mesma época. A civilização maia começou a se estabelecer em torno de 500 a.C. na América Central, na atual região da Guatemala, Belize, norte de El salvador, oeste de Honduras e sul do México. Em 300 a.C. já haviam reinos estabelecidos e muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado nível de desenvolvimento entre 250 d.C. e 900 d.C., continuando a se desenvolver até a chegada dos espanhóis na região em 1519. A civilização maia não formava um povo único, e sim uma reunião de diferentes grupos étnicos e linguísticos que dominou a região por 1500 anos e em seu auge era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.
Os maias antigos e os olmecas parecem ter-se influenciado mutuamente, percebendo-se esta fusão principalmente na arquitetura. Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e Calakmul, além de muitos outros centros habitacionais na área da Península de Yucatán. Não chegaram a desenvolver um império, embora algumas cidades-estado independentes tenham formado alianças temporárias. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos e os palácios dos governantes. Outros achados arqueológicos importantes são as chamadas estelas (monólitos de proporções consideráveis) que descrevem os governantes da época, com seus antepassados, feitos de guerra e outros grandes eventos.
Os maias antigos e os olmecas parecem ter-se influenciado mutuamente, percebendo-se esta fusão principalmente na arquitetura. Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e Calakmul, além de muitos outros centros habitacionais na área da Península de Yucatán. Não chegaram a desenvolver um império, embora algumas cidades-estado independentes tenham formado alianças temporárias. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos e os palácios dos governantes. Outros achados arqueológicos importantes são as chamadas estelas (monólitos de proporções consideráveis) que descrevem os governantes da época, com seus antepassados, feitos de guerra e outros grandes eventos.
Hierarquizada, a sociedade maia contava em cada cidade-estado com uma autoridade máxima, de caráter hereditário, conhecida por halach-uinic (“homem de verdade”), que era auxiliado por um conselho de notáveis, composto pelos principais chefes e sacerdotes. Este líder designava os chefes de cada aldeia, que desempenhavam funções civis, militares e religiosas. A nobreza maia incluía também sacerdotes, guerreiros e comerciantes. Os artesãos e camponeses constituíam a classe inferior que, além de se dedicarem ao trabalho agrícola e às obras públicas obrigatórias, pagavam impostos às autoridades civis e religiosas. Na base da pirâmide social estavam os escravos, que eram prisioneiros de guerra ou infratores das leis obrigados ao trabalho até pagarem por seus crimes.
Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio de sua cultura, nem após a chegada dos espanhóis e sua influência ainda hoje pode ser percebida. Seus descendentes formam populações consideráveis em toda a antiga área de dominação maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e de pós-conquista. A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é diretamente descendente dos maias, mantendo muitos de seus costumes e línguas, bem como em áreas rurais no sul do México o idioma primário ainda é de origem maia.
Decadência da civilização maia
Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio de sua cultura, nem após a chegada dos espanhóis e sua influência ainda hoje pode ser percebida. Seus descendentes formam populações consideráveis em toda a antiga área de dominação maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e de pós-conquista. A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é diretamente descendente dos maias, mantendo muitos de seus costumes e línguas, bem como em áreas rurais no sul do México o idioma primário ainda é de origem maia.
Decadência da civilização maia
No século IX a cultura maia clássica entrou em decadência e a população abandonou a maioria das grandes cidades e as terras baixas centrais no sul da Península de Yucatán, rumando para as cidades do norte. A selva ao longo do tempo ocupou suas construções e estradas, pois os habitantes não ocuparam novamente aqueles locais.
No século XI novas cidades maias se desenvolveram no norte da mesma península, mas no século XIV as grandes cidades do norte também foram abandonadas.
Frequentemente é sugerida a combinação de guerras, doenças, inundações, longas secas ou revoltas dos camponeses contra a elite urbana como motivos da decadência da sociedade maia. Existem evidências de que em seu período final a violência se expandiu, com cidades amplas e abertas tornando-se então fortemente guarnecidas por muradas, com defesas às vezes visivelmente construídas às pressas.
As hipóteses mais prováveis apontam para a exploração intensiva e inadequada do solo próximo às grandes cidades, causando seu esgotamento e deficiência na alimentação. O rei e os sacerdotes, incapazes de diminuir a fome com sacrifícios cada vez maiores, teriam perdido a credibilidade e a população teria abandonado aos poucos os centros urbanos, fundindo-se com a civilização tolteca em pequenas vilas na selva até serem dominados pelos espanhóis.
A teoria do abandono pela fome, apesar de ser mais provável, não explica os motivos pelos quais os grandes centros não foram ocupados novamente posteriormente, com uma rotina adaptada para evitar a fome, permanecendo um mistério este abandono urbano talvez único na História.
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Conquista dos maias pelo Império Espanhol
Os territórios maias foram gradativamente absorvidos pelo Império Asteca durante seu processo de expansão por volta do século XV.
Com a chegada dos espanhóis na Península de Yucatán em 1519, Hernán Cortez faz alianças com povos rivais como os totonacas e os nativos da região de Tlaxcala (México) e inicia a conquista desses territórios que incluíam as regiões anteriormente pertencentes aos maias. Os espanhóis encontraram muita resistência de várias vilas isoladas e cidades-estado maias, sendo que a última a ser subjugada foi Tayasal em 1697.
A redescoberta dos maias
As colônias espanholas na América estavam isoladas e as antigas ruínas das grandes cidades maias eram pouco conhecidas, exceto pelos habitantes locais.
Em 1839, o explorador americano John Lloyd Stephens, sabendo de notícias de ruínas perdidas nas selvas, acompanhado do arquiteto e desenhista Frederick Catherwood, visitou Copán, Palenque, e outras localidades. Seu diário de viagem ilustrado sobre as ruínas causou um forte interesse pela região e por seus habitantes.
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Ciência e tecnologia dos maias
As cidades maias estavam espalhadas na diversidade da geografia da Mesoamérica e foram construídas adaptando-se ao relevo acidentado e íngreme, aparentando em sua maioria falta de planejamento e crescendo de forma aleatória. No começo da construção geralmente se estabelecia um alinhamento com as direções cardinais e, dependendo do declive e das disponibilidades de recursos naturais como água fresca, a cidade crescia conectando por meio de calçadas grandes praças com as numerosas plataformas que formavam as fundações de quase todos os edifícios maias.
No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por edifícios governamentais e religiosos, com palácios, templos e ocasionalmente campos de jogo de bola. Imediatamente para fora destes centros estavam as estruturas das pessoas menos nobres, templos menores e santuários individuais. Quanto menos sagrada e importante era a estrutura, maior era o grau de privacidade. Uma vez estabelecidas, as estruturas não eram desviadas de suas funções nem outras eram construídas em seu lugar, mas as existentes eram frequentemente reconstruídas ou remodeladas.
Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza induzia, existia cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios para que fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas das estrelas. Fora dos centros urbanos constantemente em evolução, existiam os lugares menos permanentes e mais modestos da população pobre.
Pode-se descrever a divisão do espaço urbano maia basicamente em grandes monumentos e calçadas. As praças públicas ao ar livre eram os lugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o espaço interior das construções era considerado secundário. Somente no período pós-clássico tardio as grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não possuíam, na maioria das vezes, as grandes e numerosas praças do período clássico.
O trato da terra era comunal, em sistema rotativo de culturas, sem adubos ou técnicas, o que levava ao esgotamento do solo e seu abandono. Desconheciam a tração animal, o arado e a roda. Não conheceram também a metalurgia, mas desenvolveram importantes técnicas no manuseio com as pedras.
Economia maia
A base econômica dos maias era a agricultura, principalmente do milho, praticada com a ajuda da irrigação, utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que contribuiu para a destruição de florestas tropicais nas regiões onde habitavam. Desenvolveram também atividades comerciais cuja classe dos comerciantes gozava de grandes privilégios. Entre os principais produtos do comércio estavam o jade, cacau, sal, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, escravos e a obsidiana (um tipo de vidro vulcânico), que circulavam através das estradas ou em canoas.
Como unidades de troca utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre, material que empregavam também para trabalhos ornamentais, ao lado do ouro, prata, jade, conchas do mar e plumas coloridas. A pedra mais preciosa para os maias era o jade, muito trabalhado pelos artesãos e modelado na forma de placas, relevos ou contas de colar.
Cultivavam o milho, algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha, que serviam para enriquecer sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca.
Por serem os recursos naturais escassos, não lhes garantindo o excedente que necessitavam, desenvolveram técnicas agrícolas, como terraços, para vencer a erosão. Os pântanos foram drenados para se obter condições adequadas ao plantio. Ao lado desses progressos técnicos, o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno deixando apenas as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo deixando o campo em condições de ser semeado. Com um bastão de madeira faziam buracos onde colocavam as sementes. Desconheciam as ferramentas metálicas.
Com o desgaste de um determinado solo pelas queimadas, a produção se mantinha por apenas dois ou três anos consecutivos e o agricultor procurava novas terras. Às vezes a produção era insuficiente para suprir a população e os maias compravam alimentos de outras regiões.
A escrita maia
O sistema de escrita dos maias (geralmente chamada hieroglífica devido a uma vaga semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita da América pré-colombiana que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito na Europa e Ásia.
As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final do século XIX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas originais.
Os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, queimaram ídolos e quase todos os livros maias logo após a conquista. Exemplos desta política ocorreram quando o primeiro bispo do México, Juan de Zumárraga, no ano de 1530 fez em Tetzcoco uma fogueira com todos os escritos e ídolos dos maias recolhidos até aquele momento. Em 12 de julho de 1562 o frei Diego de Landa, que torturou aproximadamente 4500 maias para que negassem sua antiga religião e escrita, mandou queimar cinco mil ídolos e 27 livros (códices) dos antigos maias na praça principal da cidade de Mani.
Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra, e isto porque a maior parte estava situada em cidades já abandonadas quando os espanhóis chegaram.
Os livros maias normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão, feitas de um tecido produzido a partir da casca de algumas árvores, sobre o qual aplicavam uma película de cal branca e depois pintavam os caracteres e desenhavam ilustrações. Os cartões ou páginas eram atadas entre si pelas laterais de modo a formar uma longa fita que era dobrada em zigue-zague para guardar e desdobrada para a leitura.
Com as decifrações da escrita maia se descobriu que foram uma das poucas civilizações pré-colombiana nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.
De todas as bibliotecas maias então existentes, atualmente restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um quarto.
Escrita maia - Placa no Museu das Ruínas de Palenque - Chiapas (México)
Imagem: 1000dias.com
Livro maia - Museu Nacional de Antropologia - Cidade do México (México)
Imagem: lukydanni.blogspot.com
Matemática maia
Os maias desenvolveram o conceito do zero séculos antes da Europa. Em certas ocasiões trabalhavam com somas até centenas de milhões. O sistema numérico maia, com o passar do tempo, foi se aprimorando, chegando a cálculos vigesimais que permitiam uma grande precisão e variedade matemática.
Os conhecimentos matemáticos permitiram que produzissem observações astronômicas extremamente precisas e seus diagramas dos movimentos da Lua e dos planetas são iguais ou superiores aos de qualquer outra civilização que tenha trabalhado com instrumentos óticos. O sistema de calendários maia era estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano usado pelos espanhóis no século XVI.
Os maias desenvolveram o conceito do zero séculos antes da Europa. Em certas ocasiões trabalhavam com somas até centenas de milhões. O sistema numérico maia, com o passar do tempo, foi se aprimorando, chegando a cálculos vigesimais que permitiam uma grande precisão e variedade matemática.
Os conhecimentos matemáticos permitiram que produzissem observações astronômicas extremamente precisas e seus diagramas dos movimentos da Lua e dos planetas são iguais ou superiores aos de qualquer outra civilização que tenha trabalhado com instrumentos óticos. O sistema de calendários maia era estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano usado pelos espanhóis no século XVI.
Grafia do sistema numérico maia (Zero representado por uma concha)
Imagem: portalsaofrancisco.com.br
Numeração vigesimal maia (A 20ª variação é o número zero, não representado neste quadro)
Imagem: sempretops.com
Religião maia
As tradições religiosas maias ainda não são completamente entendidas pelos estudiosos. Sabe-se que acreditavam na contagem cíclica do tempo e os rituais e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais, que eram observados e registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o futuro ou passado com base nas relações entre todos os calendários. Rituais de purificação normalmente eram praticados antes de grandes eventos religiosos e incluíam jejum, abstenção sexual e confissão. Os maias acreditavam na existência de três planos no cosmo: a Terra, o Céu e o Submundo.
Os maias sacrificavam animais e humanos como forma de renovar ou estabelecer relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam diversas regras. Normalmente eram sacrificados pequenos animais como perus e codornas, mas em ocasiões excepcionais (tais como início de um reinado, falecimento do monarca, enterro de algum membro da família real, períodos de seca ou importantes alianças políticas entre reinos) aconteciam sacrifícios de humanos. As crianças eram muitas vezes oferecidas como vítimas nos sacrifícios porque os maias acreditavam que essas eram mais puras e, portanto, a oferenda teria um valor maior.
As tradições religiosas maias ainda não são completamente entendidas pelos estudiosos. Sabe-se que acreditavam na contagem cíclica do tempo e os rituais e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais, que eram observados e registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o futuro ou passado com base nas relações entre todos os calendários. Rituais de purificação normalmente eram praticados antes de grandes eventos religiosos e incluíam jejum, abstenção sexual e confissão. Os maias acreditavam na existência de três planos no cosmo: a Terra, o Céu e o Submundo.
Os maias sacrificavam animais e humanos como forma de renovar ou estabelecer relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam diversas regras. Normalmente eram sacrificados pequenos animais como perus e codornas, mas em ocasiões excepcionais (tais como início de um reinado, falecimento do monarca, enterro de algum membro da família real, períodos de seca ou importantes alianças políticas entre reinos) aconteciam sacrifícios de humanos. As crianças eram muitas vezes oferecidas como vítimas nos sacrifícios porque os maias acreditavam que essas eram mais puras e, portanto, a oferenda teria um valor maior.
Não existia a separação entre o bem e o mal e nem a adoração de somente um deus regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a época e situação que melhor se aplicava.
Imagem: famouswonders.com
Arquitetura maia
A arquitetura maia se desenvolveu ao longo de milênios, sendo marcantes suas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e político cresceram para se tornarem grandes cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. A arquitetura maia é uma importante chave para o entendimento da evolução de sua civilização.
Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas das avançadas tecnologias que parecem necessárias para tais construções. Não há indícios do uso de ferramentas de metal, polias ou veículos com rodas. A construção maia requeria muita força humana e tempo, valorizados como ofertas aos deuses.
A arquitetura maia se desenvolveu ao longo de milênios, sendo marcantes suas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e político cresceram para se tornarem grandes cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. A arquitetura maia é uma importante chave para o entendimento da evolução de sua civilização.
Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas das avançadas tecnologias que parecem necessárias para tais construções. Não há indícios do uso de ferramentas de metal, polias ou veículos com rodas. A construção maia requeria muita força humana e tempo, valorizados como ofertas aos deuses.
As pedras usadas nas construções maias parecem ter sido extraídas de pedreiras locais; com maior frequência era usada pedra calcária, que permanecia adequada para ser trabalhada e polida com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo depois.
Além do uso estrutural, o calcário era usado em argamassas feitas com seu pó moído e queimado, com propriedades muito semelhantes às do atual cimento, geralmente usadas para revestimentos, acabamentos, tetos e para unir as pedras.
Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeira e adobe nas paredes, com cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casas comuns feitas parcialmente com pedra calcária. As evidências sugerem que a maioria dos edifícios foi construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Fica evidente a importância dada ao aspecto estético exterior em contrapartida à pouca atenção e funcionalidade do interior.
Depois de terminadas as estruturas básicas, a elas iam-se anexando extensos trabalhos de relevo ou pelo menos reboco para diminuir quaisquer imperfeições. Comumente a decoração com faixas de relevos era feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade de obras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos interiores, notadamente em certo período, foi comum o uso de revestimentos em reboco primorosamente pintados com cenas do uso cotidiano ou cerimonial.
Depois de terminadas as estruturas básicas, a elas iam-se anexando extensos trabalhos de relevo ou pelo menos reboco para diminuir quaisquer imperfeições. Comumente a decoração com faixas de relevos era feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade de obras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos interiores, notadamente em certo período, foi comum o uso de revestimentos em reboco primorosamente pintados com cenas do uso cotidiano ou cerimonial.
Era prática comum reconstruções e remodelações em cima de estruturas velhas nos períodos de início dos governos de novos reis ou em virtude do encerramento de um ciclo completo do calendário maia de conta larga, de 52 anos. A aparência da acrópole (parte mais alta da cidade) de Tikal é a síntese de um total de 1500 anos de modificações arquitetônicas.
Os palácios, com várias salas e pátios internos, tinham plantas simples e retangulares. Entre os muitos templos, destaca-se o de Kukulcan, em Chichén Itzá (México), que também foi usado como observatório astronômico. As quatro pontas da pirâmide são voltadas para os pontos cardeais e representam as estações do ano. Nos dias 21 de março e 23 de setembro, quando o dia tem exatamente a mesma duração da noite, projeta uma sombra nos degraus que forma a imagem de Kukulcan, o deus da serpente emplumada.
Os palácios, com várias salas e pátios internos, tinham plantas simples e retangulares. Entre os muitos templos, destaca-se o de Kukulcan, em Chichén Itzá (México), que também foi usado como observatório astronômico. As quatro pontas da pirâmide são voltadas para os pontos cardeais e representam as estações do ano. Nos dias 21 de março e 23 de setembro, quando o dia tem exatamente a mesma duração da noite, projeta uma sombra nos degraus que forma a imagem de Kukulcan, o deus da serpente emplumada.
Sombra da serpente na escada de Kulkulcán (México)
Imagem: obarqueirocaronte.blogspot.com
Reconstituição de Copán (Honduras)
Imagem: yaxkukmo.wordpress.com
Construções notáveis:
Palácios
Grandes e geralmente muito decorados, os palácios comumente ficavam próximos do centro das cidades e serviam de residência a uma pessoa ou pequeno grupo familiar da elite da população. Tais construções geralmente consistiam de várias pequenas câmaras com pelo menos um pátio interno.
Muitos palácios são também o lugar de tumbas. Existem alguns arqueólogos que afirmam serem os palácios locais não muito confortáveis para morada da elite governante, sugerindo ser uma espécie de quartéis ou mosteiros para as comunidades sacerdotais
Pirâmides e templos
Com frequência os mais importantes templos religiosos maias se encontravam em cima de pirâmides, que eram uma série de plataformas divididas por escadarias. Recentes descobertas apontam para o uso das pirâmides em alguns casos também como tumbas.
Os templos ficam sobre pirâmides supostamente por ser o lugar mais perto do céu, mas como eram as únicas estruturas que excediam a altura da selva, as cristas sobre os templos eram talhadas com grandes e detalhadas representações dos governantes que se podiam ver de grandes distâncias.
Pelas íngremes escadarias os sacerdotes e oficiantes acessavam o topo da pirâmide onde havia pequenas câmaras com propósitos rituais. Os templos sobre as pirâmides constituíram estruturas impressionantes, ricamente decoradas. Comumente possuíam painéis no teto ou paredes com escritas de sinais rituais.
Os templos ficam sobre pirâmides supostamente por ser o lugar mais perto do céu, mas como eram as únicas estruturas que excediam a altura da selva, as cristas sobre os templos eram talhadas com grandes e detalhadas representações dos governantes que se podiam ver de grandes distâncias.
Pelas íngremes escadarias os sacerdotes e oficiantes acessavam o topo da pirâmide onde havia pequenas câmaras com propósitos rituais. Os templos sobre as pirâmides constituíram estruturas impressionantes, ricamente decoradas. Comumente possuíam painéis no teto ou paredes com escritas de sinais rituais.
Templo de Kukulkan - Chichén-Itza (México)
Imagem: famouswonders.com
Campos de jogo de bola
Um aspecto do estilo de vida mesoamericano é o seu jogo de bola ritual e seus campos (ou estádios), que foram construídos em grande quantidade por toda a região da América Central.
Estes campos normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-se de espaço entre duas laterais paralelas de plataformas ou rampas escalonadas, em forma de "i" maiúsculo direcionado para uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.
Estes campos normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-se de espaço entre duas laterais paralelas de plataformas ou rampas escalonadas, em forma de "i" maiúsculo direcionado para uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.
Campo de jogo de bola zapoteca em Monte Albán (México)
Imagem: pt.wikipedia.org
Observatórios astronômicos
Os maias foram excelentes astrônomos e mapearam as fases e cursos de diversos corpos celestes, especialmente da Lua (ligada à passagem do tempo e agricultura) e de Vênus (ligado às guerras).Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e provavelmente outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos observados. Templos arredondados são talvez os mais descritos como observatórios pelos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o seu uso tinha exclusivamente esta finalidade.
Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras que indicam que observações astronômicas também foram feitas dali.
Observatório El Caracol - Chichén Itzá (México)
Imagem: famouswonders.com
Grupos E
Os estudiosos têm denominado de "Grupo E" à formação de três pequenas construções frequentemente encontradas a oeste da praça principal das cidades, tratando-se de um mistério ainda não entendido a sua recorrência em diversas cidades maias.
Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-templo que servia como observatório devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, acompanhando os solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona com a história da criação do universo segundo a mitologia maia, uma vez que vários de seus adornos a ela se referem frequentemente.
Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-templo que servia como observatório devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, acompanhando os solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona com a história da criação do universo segundo a mitologia maia, uma vez que vários de seus adornos a ela se referem frequentemente.
Maias - Tikal (Guatemala)
Imagem: altiplanos.com.gt
Maias - Palenque (México)
Imagem: sagrado-destinations.com
Maias - Uxmal (México)
Imagem: pt.wikipedia.org
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Jogo de bola mesoamericano
O jogo de bola mesoamericano era um desporto com associações rituais religiosas, praticado ao longo de mais de 3000 anos pelos povos da Mesoamérica antes da chegada dos europeus. Centenas de campos de jogo de bola pré-colombianos foram encontrados desde o Arizona (EUA) até a Nicarágua e também em várias ilhas do Caribe como Cuba e Porto Rico, o que demonstra a popularidade deste esporte. Apesar de ser jogado casualmente como simples recreação, inclusivamente por mulheres e crianças, o jogo tinha também importantes aspectos rituais, e grandes jogos formais eram realizados periodicamente.
A maioria dos campos de jogo de bola tinham forma de “i” maiúsculo, com uma zona central comprida e estreita, com paredes inclinadas ou com degraus em ambos os lados, pintadas com cores fortes, que eram usadas pelos jogadores na disputa pela bola. As extremidades do campo de jogo aparentemente recebiam estruturas temporárias onde os espectadores se sentavam. Estima-se que o tamanho médio dos campos de jogo fosse 36.5 por 9 metros, apesar de existir uma grande variação de acordo com o tamanho da cidade onde está localizado.
Os campos eram espaços públicos utilizados para diversos acontecimentos culturais e para atividades rituais. Muitas vezes músicos tocavam durante os jogos. Cabeças esculpidas e muitas vezes cabeças troféu (de jogadores de times derrotados) eram cravadas em placas de madeira em volta do campo.
A bola era de borracha compacta feita a partir de látex obtido de uma árvore (Castilla elástica) e variava de tamanho de acordo com o local e ao longo do tempo, medindo de 20 a 30 cm de diâmetro e pesando de 1,5 a 4 quilos.
Os campos eram espaços públicos utilizados para diversos acontecimentos culturais e para atividades rituais. Muitas vezes músicos tocavam durante os jogos. Cabeças esculpidas e muitas vezes cabeças troféu (de jogadores de times derrotados) eram cravadas em placas de madeira em volta do campo.
A bola era de borracha compacta feita a partir de látex obtido de uma árvore (Castilla elástica) e variava de tamanho de acordo com o local e ao longo do tempo, medindo de 20 a 30 cm de diâmetro e pesando de 1,5 a 4 quilos.
Os jogadores utilizavam proteções acolchoadas por algodão, enroladas à volta de placas geralmente feitas de madeira colocadas na cintura. Peles de veado e jaguar pintadas com cores fortes eram usadas à volta das coxas proporcionando proteção adicional. Os jogadores utilizavam também almofadas nos joelhos e proteções nas pernas e antebraços. Em certas ocasiões rituais ou politicamente importantes, os jogadores usavam elaborados ornamentos de cabeça ou máscaras.
O objetivo do jogo era enviar a bola através de um de dois aros verticais colocados um de cada lado do campo de jogo. A quantidade de jogadores por time podia variar mas normalmente cada time era composto por sete jogadores. Na versão mais comum do jogo, a bola era atirada à mão para o campo e a partir desse momento os jogadores apenas podiam bater a bola de um lado para o outro do campo com as coxas, braços e quadril (sem chutar ou agarrar com as mãos), até atravessar a bola pelo aro da equipe adversária, colocado na parede lateral do campo. Geralmente, a partida terminava quando uma das equipes marcava o primeiro gol, mas a vitória poderia também ocorrer com uma quantidade de gols estabelecidos previamente.
O objetivo do jogo era enviar a bola através de um de dois aros verticais colocados um de cada lado do campo de jogo. A quantidade de jogadores por time podia variar mas normalmente cada time era composto por sete jogadores. Na versão mais comum do jogo, a bola era atirada à mão para o campo e a partir desse momento os jogadores apenas podiam bater a bola de um lado para o outro do campo com as coxas, braços e quadril (sem chutar ou agarrar com as mãos), até atravessar a bola pelo aro da equipe adversária, colocado na parede lateral do campo. Geralmente, a partida terminava quando uma das equipes marcava o primeiro gol, mas a vitória poderia também ocorrer com uma quantidade de gols estabelecidos previamente.
Tratava-se de um jogo extremamente violento. Ocorriam frequentemente ferimentos graves infligidos pela bola densa e pesada ou por outros jogadores e as mortes eram relativamente comuns. Não se sabe se era permitido o contato físico proposital e contínuo entre os jogadores ou apenas os ocorridos na disputa pela bola.
Em algumas ocasiões, as cerimônias após a partida incluíam o sacrifício do capitão e de outros jogadores da equipe derrotada, sendo decapitados ou os seus corações eram arrancados num sacrifício de sangue. O crânio de um perdedor (normalmente o capitão do time derrotado) podia ser utilizado como o núcleo à volta do qual se fazia uma nova bola.
Em algumas ocasiões, as cerimônias após a partida incluíam o sacrifício do capitão e de outros jogadores da equipe derrotada, sendo decapitados ou os seus corações eram arrancados num sacrifício de sangue. O crânio de um perdedor (normalmente o capitão do time derrotado) podia ser utilizado como o núcleo à volta do qual se fazia uma nova bola.
Campo de jogo de bola zapoteca em Yagul (México)
No detalhe (acima e à direita) o aro de campo de jogo de bola em Chichén Itzá (México)
Imagem: pt.wikipedia.org
Wikipédia
Jogo de bola mesoamericano
Jogo de bola mesoamericano ( 0:39 )
Este vídeo mostra os times passando a bola um para o outro, demonstrando a dificuldade do controle da bola. Esta exibição faz parte de uma programação turística, portanto não tem as mesmas características e energia com que os jogadores disputavam por suas próprias vidas ou prestígio social em ocasiões religiosas ou políticas. O jogo não tinha essa dinâmica e sim a de, a partir do momento que a bola era jogada no campo, todos os jogadores dos times competirem pelo controle da bola.
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O calendário maia e o fim do mundo
Graças a detalhados e avançados estudos sobre astronomia, os maias determinaram o ano solar de 365 dias. No calendário maia havia um ano sagrado (de 260 dias) e um laico (de 365 dias), composto de 18 meses de vinte dias, seguidos de 5 dias para realização de qualquer atividade. Adotavam também um dia extra a cada quatro anos, como ocorre no atual ano bissexto.
Graças a detalhados e avançados estudos sobre astronomia, os maias determinaram o ano solar de 365 dias. No calendário maia havia um ano sagrado (de 260 dias) e um laico (de 365 dias), composto de 18 meses de vinte dias, seguidos de 5 dias para realização de qualquer atividade. Adotavam também um dia extra a cada quatro anos, como ocorre no atual ano bissexto.
Para situar os acontecimentos em ordem cronológica, os dois calendários eram sobrepostos para formar o calendário circular e usavam o método da “conta longa”, a partir do ano zero maia (correspondente ao nosso 3114 a.C.), acrescentando-se informações sobre a fase da lua e aplicavam uma fórmula na correção do calendário, que harmonizava a data com a posição do dia no ano solar.
O sistema de contagem de tempo dos maias era cíclico e não linear, por isso o calendário também é circular, já que os ciclos começam em um ponto e terminam em si mesmos, em novos períodos.
O calendário maia circular termina após 5 ciclos completos, compostos por 13 baktuns (unidade de tempo maia que corresponde a aproximadamente 144 mil dias), que para alguns estudiosos corresponderia ao dia 21 de dezembro de 2012. Teorias populares, apoiadas por alguns estudiosos sobre o assunto, acreditam que neste dia o mundo terminará em meio a catástrofes naturais.
Não há provas de que os maias esperassem pelo fim do mundo ao término de seu calendário. Há textos míticos maias que falam em eras anteriores à atual, e nada indica que esta seria a última. A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário maia simplesmente se reiniciaria, assim como o nosso calendário passa do 31 de dezembro para 1 de janeiro.
Como funciona o calendário maia
http://pessoas.hsw.uol.com.br/calendario-maia.htm Terra
Maias explicam confusão no calendário: mundo não vai acabar!
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Vídeos:
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Construindo um império - Os Maias
A história da civilização maia, com suas cidades-estado, ciência e bela arquitetura, e a tentativa de compreender os motivos pelos quais o povo abandonou suas imponentes cidades para que fossem engolidas pelo tempo e pela selva, em uma narrativa que termina com mais perguntas do que respostas.
A história da civilização maia, com suas cidades-estado, ciência e bela arquitetura, e a tentativa de compreender os motivos pelos quais o povo abandonou suas imponentes cidades para que fossem engolidas pelo tempo e pela selva, em uma narrativa que termina com mais perguntas do que respostas.
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Calendário Maia
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Sistema numérico maia
http://www.sempretops.com/informacao/sistema-numerico-maia-2
adorei me ajudou muito para a prova e o trabalho
ResponderExcluirExcelente fonte de comunicação e esclarecimento de assuntos mal estudado durante os anos escolares. Apaixonei pela página e pelos vários assuntos abordados, Parabéns!
ResponderExcluirGrato pelo elogio, Antônio.
ExcluirAs publicações gastam muito tempo em pesquisa e formatação – principalmente as sobre Histórias – mas os resultados têm sido satisfatórios.
No Livro de Mórmon temos muitas dessas respostas do porque as cidades foram abandonadas. Ler toda a história do povo deste livro vai esclarecer por que as cidades foram abandonadas.
ResponderExcluirExcelente trabalho
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