sábado, 13 de outubro de 2018

Populismo


Política populista
Privilégios para poucos, migalhas para muitos

A diferença entre populista e popular

Popular:
1. Que pertence ao povo; que concerne ao povo.
2. Que desperta a simpatia ou aceitação de grande parte de uma população.
3. Muito conhecido, notório.
Fonte: Dicionário Online de Português
Populista:
1. Diz-se do partido político ou pessoa que defende ou diz defender as classes populares.
2. Que diz respeito ou é adepto à doutrina literária ou artística do populismo (que reage contra as expressões burguesas e mundanas e busca seus temas na vida e sentimentos das classes populares).
Fonte: Dicionário Online de Português

Uma política popular e uma política populista podem se parecer num primeiro momento, mas suas finalidades e resultados são bem diferentes! 
Um governo popular é formado por uma equipe de pessoas com objetivos em comum; deste modo se alguém sai (por morte, doença, corrupção, etc.) não há grande mudança nas ações em andamento e nos resultados buscados, uma vez que o foco do governo está no bem estar da maioria da população – por isso popular.
Um governo populista se baseia na imagem de uma única pessoa, amparada por um grupo de pessoas que ocupam posições estratégicas de poder numa sociedade; deste modo se a figura central sai (por morte ou deposição) há grande mudança nas ações em andamento, pois os resultados buscados dependem das vontades e necessidades da figura a quem se atribui grandes poderes e é idolatrada por grande parte da população – por isso populista

O populismo tem um problema em sua essência que conduz à decadência financeira e carestia: é necessário escolher um "inimigo do povo" para manter a população pobre unida em torno do(a) líder. Este inimigo quase sempre é a elite financeira (internacional e nacional)! Obviamente os grandes empresários retiram seus investimentos de lugares aonde podem ter seus bens confiscados ou sobretaxados pelo governo, o que leva ao fechamento de empresas, causando desemprego e desabastecimento de produtos, culminando com a diminuição da riqueza do país.
Outro problema nos governos populistas é que, via de regra, gasta-se grandes quantias para subornar continuamente os altos escalões da sociedade (com propinas, salários acima da média, imóveis e veículos oficiais, alimentação melhorada, etc.) e a população em geral (com pequenos benefícios financeiros, cestas básicas, etc.).       
O populismo afirma desejar distribuir riqueza aos pobres, mas não conseguiu ainda forma de produzir a riqueza que pretende repartir. O resultado é uma distribuição menos desigual, mas em menor quantidade, nivelada por baixo. Por isso a política populista começa bem e termina mal.

Desde a década de 1930, a América Latina é terreno fértil para diversos governos populistas – de esquerda e direita – aproveitando-se do baixo grau de instrução e padrão econômico da maioria da população.
Na prática, um governo popular se propõe a oferecer para o povo, indistintamente, mecanismos de prosperidade com autonomia em médio e longo prazo; enquanto um governo populista oferece benefícios em curto prazo, condicionados ao apoio à continuidade do(a) líder e seu partido político. Ou seja, um governo popular se preocupa prioritariamente com o bem estar do povo, enquanto um governo populista se preocupa em se manter no poder. 

O populismo se alimenta da pobreza e se mantém na ignorância e medo!
Tenha atenção! Não seja uma pessoa alienada e manipulável. Política se faz com resultados, não promessas! Avalie a coerência e eficiência dos ocupantes de cargos políticos e busque gestores ao invés de "salvadores".  

" O populismo ama tanto os pobres que os multiplica. "
 ( Mariano Grondona – escritor argentino )

Populismo
Troca de votos por esmolas
Imagem: http://institutougt.com.br/as-cores-do-novo-populismo 

Os textos abaixo são esclarecedores:

A política populista é marcada pela ascensão de líderes carismáticos que buscam sustentar sua atuação no interior do Estado através do amplo apoio das maiorias. Muitas vezes, abandona o uso de intermediários ideológicos ou partidários para buscar na "defesa dos interesses nacionais" uma alternativa às tendências políticas de sua época, sejam elas tradicionalistas, oligárquicas, liberais ou socialistas. De diferentes formas, propaga a crença em um líder acima de qualquer outro ideal.

No campo de suas ações práticas, a tendência populista prioriza o atendimento das demandas das classes menos favorecidas, colocando tal opção como uma necessidade urgente frente aos "inimigos da nação"
Uma das contradições mais marcantes do populismo consiste em pregar a aproximação ao povo, mas, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismo de controle que não permitam o aparecimento de tendências políticas contrárias ao poder vigente. De tal maneira, os governos populistas também são marcados pela desarticulação das oposições políticas e a troca dos "favores ao povo" pelo apoio incondicional ao grande líder responsável pela condução do país.

Além do autoritarismo e do assistencialismo, os governos populistas também têm grande preocupação com o uso dos meios de comunicação como instrumento de divulgação das ações do governo. Por meio da instalação ou do controle desses meios, o populismo utiliza de uma propaganda oficial massiva que procura se disseminar entre os mais distintos grupos sociais através do uso irrestrito de rádios, emissoras de televisão, jornais e revistas.

A ascensão dos regimes populistas é percebida com desconfiança por determinados grupos políticos internos ou estrangeiros, pois o apelo aos interesses nacionais e a falta de uma perspectiva política clara pode colocar em risco os interesses defendidos pelas elites que controlavam a propriedade das terras ou das forças produtivas do setor industrial.
Dessa forma, o populismo entra em crise no momento em que não consegue mais negociar os interesses – muitas vezes antagônicos – das elites econômicas e das classes trabalhadoras. 

Texto adaptado

Fonte:
Brasil Escola

Populismo & Autoritarismo
Aproveitando-se de mecanismos democráticos para acabar com a democracia
Imagem: http://mundo24.net/2018/04/el-despotismo-en-la-democracia 

Os partidos populistas prosperam quando há um vácuo político e os partidos tradicionais permitem um discurso unilateral. Líderes autoritários, eleitos democraticamente, manipulam as leis para aumentar seu poder dentro dos limites constitucionais. Enquanto os golpistas clássicos derrubaram os governos, os déspotas modernos enfraquecem os sistemas democráticos através da manipulação. Geralmente, esses líderes eliminam as limitações no mandato, ou modificam os sistemas eleitorais a seu favor, para fabricar artificialmente grandes maiorias.

Algumas das consequências mais comuns de retrocessos democráticos incluem expansão dos poderes do poder executivo para governar por decreto, reduzindo o controle legislativo e independência do poder judicial.
Existem inúmeros exemplos de retrocesso democrático: na "República Bolivariana da Venezuela", o governo reescreveu a Constituição para dar ao presidente a possibilidade de reeleição indefinidamente e obter amplos poderes; na Turquia, milhares de acadêmicos, jornalistas e membros da oposição foram presos; na Hungria, os grupos de comunicação críticos do governo foram forçados a fechar. 
O número de casos de regressão democrática parece estar aumentando até em países que costumavam ser considerados como exemplo de estabilidade social. Para que uma democracia resista a ataques despóticos e enganações ideológicas, os cidadãos têm de ser capazes de lidar com a mudança de situações políticas e responder em parceria com as instituições do Legislativo e Judiciário, bem como a mídia e os partidos políticos exerçam oposição consciente e consistente. Para tanto, educação, percepção e reflexão são o caminho permanente!

Texto adaptado

Fonte:
Mundo 24

Vídeo:

Populismo

Fontes de referência:

Wikipédia
Populismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Populismo 

Instituto de Altos Estudos da UGT
As cores do novo populismo

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