sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Guarda Suíça

A Guarda Suíça do Papa

Imagem: oglobo.globo.com

A Guarda Suíça do Vaticano

Guarda Suíça Pontifícia é o nome dado à tropa responsável pela segurança do papa e por ajudar a manter a ordem no Vaticano. É o grupo militar em atividade mais antigo do mundo, constituindo atualmente o equivalente às forças armadas da Cidade do Vaticano. O número de integrantes varia de acordo com as necessidades do papa em exercício. É a única guarda do mundo em que a bandeira é alterada a cada novo chefe de Estado, pois contém o emblema pessoal do papa.

A defesa do Vaticano é de responsabilidade da Itália, enquanto a segurança do papa fica a cargo da Guarda Suíça. O Estado da Cidade do Vaticano, como é oficialmente conhecido, emite autonomamente moeda, que desde 2002 é o Euro (antes era a Lira italiana), selos e passaportes; tem seus próprios embaixadores ou representantes, um jornal oficial (Acta Apostolicae Sedis – Atos da Sé Apostólica, em latim), uma estação de rádio (Rádio Vaticana), os Bombeiros do Vaticano, a força militar denominada Guarda Suíça e uma força policial, denominada Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano, responsável pela segurança, ordem pública, controle das fronteiras, controle de tráfego, investigações criminais e outras funções policiais dentro do território do Vaticano.

Integrantes da Guarda Suíça ocasionalmente podem auxiliar a Gendarmaria na segurança de autoridades estrangeiras em visita ao Vaticano, misturar-se com as multidões na Praça de São Pedro em ocasiões comemorativas e acompanhar o papa durante suas viagens internacionais. Nesses casos os guardas servem como guarda-costas em trajes civis, equipados com armamento variado e equipamentos de comunicação, ao invés das tradicionais alabardas (lança com uma espécie de machado em uma das pontas, usada principalmente da Idade Média para defender os muros dos castelos, enfrentar primariamente cavalaria e secundariamente tropas a pé).

Sala do arsenal da Guarda Suíça (Foto Alessandro Bianchi - Reuters)
Imagem: g1.globo.com

Defensores da Liberdade da Igreja

A Guarda Suíça foi formada em 22 de janeiro de 1506, em atendimento a uma solicitação de proteção feita em 1503 pelo papa Júlio II aos nobres suíços. Cerca de 150 nobres, tidos como os melhores e mais corajosos, chegaram a Roma vindos de Zurique, Uri, Unterwalden e Lucerna (regiões da Suíça). O seu primeiro comandante foi o capitão Kaspar Von Silenen, originário de Uri.
A língua oficial da guarda é o suíço-alemão, seu lema é "Coragem e fidelidade" (em latim: Acriter et fideliter) e tem como patronos São Sebastião, São Martinho e São Nicolau Von Flüe.

Em 1512, pela bravura já demonstrada na defesa da Cidade do Vaticano, os integrantes da Guarda Suíça receberam do papa Júlio II o título de “Defensores da Liberdade da Igreja”.

Recrutas em cerimônia de juramento no salão Paulo VI, no Vaticano (Foto Max Rossi - Reuters)
Imagem: g1.globo.com

O menor exército do mundo

É o único grupo de soldados particulares que a lei suíça permite. Para ser membro da Guarda Suíça é necessário ser católico praticante com boa reputação social, treinamento militar no exército suíço com certificado de boa conduta, altura mínima de 1,74m, diploma profissional ou ensino médio concluído e idade entre 19 e 30 anos. Não pode haver qualquer registro criminal e, assim como em outros exércitos, os soldados não podem ser casados ou se casar enquanto estiverem na guarda, sendo o mesmo permitido para os sargentos e oficiais.
Dois anos de serviço é o tempo mínimo de compromisso de um membro da Guarda Suíça, renovável até um máximo de 20 anos. O soldo mensal atual é de 1200 euros e não é permitido a nenhum integrante da guarda dormir fora do Vaticano. A guarda dispõe de alojamentos e uma capela onde o capelão da guarda realiza celebrações litúrgicas particulares, pois nas oficiais a guarda encontra-se em serviço.

O uniforme que a guarda usa atualmente foi desenhado por Jules Réspond (comandante no período de 1910 a 1921) a partir do modelo que alguns atribuem à Michelangelo por volta de 1505, apesar do Vaticano oficialmente afirmar que o uniforme foi desenhado por Rafael Sanzio, que também pintou a Capela Sistina e influenciou a moda da Itália na época. Como ambos possíveis criadores são contemporâneos, é considerado um dos uniformes militares mais antigos do mundo.
Inicialmente a cor predominante do uniforme era o amarelo-ouro, cor dos nobres suíços que originaram a guarda. A cor azul foi introduzida como referência à família Della Rovere (de Roma) e o vermelho em referência à família Médici (de Florença). Ambas famílias italianas tiveram em sua linhagem diversos papas ao longo dos séculos, sendo que os Médici eram também banqueiros que controlavam a fortuna do Vaticano.
O capacete e a couraça peitoral seguem o modelo das armaduras medievais. A pluma vermelha do elmo (capacete) foi introduzida pelo papa Leão X, simbolizando o sangue derramado em defesa do papa.
A Guarda Suíça não utiliza botas, calçando meias aderentes às pernas que são presas à altura dos joelhos por uma liga dourada, sendo eventualmente cobertas por polainas. O tecido de cetim recorda o esplendor das antigas cortes europeias e as cores chamativas o orgulho de ser soldado.

Imagem: denunciasecriticas.blogspot.com

Bravura e sacrifício da Guarda Suíça

A batalha mais expressiva da Guarda Suíça aconteceu em 6 de maio de 1527, quando as tropas invasoras do imperador Carlos V (do Sacro Império), em guerra com Francisco I (da França e República de Veneza), entram em Roma. Após a vitória militar, incapaz de pagar os mercenários, o imperador Carlos V libera o saque de Roma. O exército imperial era composto de cerca de 18000 homens, entre tropas alemãs e mercenários espanhóis e italianos. Em frente à Basílica de São Pedro e depois nas imediações do Altar-Mor, a Guarda Suíça lutou contra cerca de 1000 soldados alemães e espanhóis. Combateram ferozmente formando um círculo em volta do papa Clemente VII visando protegê-lo. Faleceram 108 dos 150 guardas, mas em contrapartida 800 dos 1000 mercenários do assalto caíram mortos pelas alabardas dos suíços. Os 42 sobreviventes da guarda acompanharam o papa e alguns cardeais através de uma passagem secreta (Passetto di Borgo) do Palácio Episcopal até o Castelo de Santo Ângelo.
Os mercenários, na maioria luteranos, saquearam por oito dias o Vaticano, levando ou destruindo obras de arte, relíquias e profanando sepulturas de papas. Cercaram o Castelo de Santo Ângelo e realizaram procissões de paródia, ofendendo os santos católicos e gritando ser Lutero o novo papa. O castelo tornou-se o refúgio de Clemente VII por sete meses, até que a peste surgida em Roma fizesse com que o cerco fosse levantado. Mesmo assim o imperador Carlos V exigiu e recebeu uma rendição formal e pagamento de 400 mil ducados em troca da liberdade papal.

Por conta desta batalha, o dia 6 de maio é a data de admissão dos novos guardas. Na ocasião, um por vez presta juramento com a mão direita levantada e os dedos polegar, indicador e médio estendidos – simbolizando a Santíssima Trindade – enquanto com a mão esquerda segura o estandarte da guarda.

Recruta faz juramento com três dedos simbolizando a Santíssima Trindade (Foto - Reuters)
Imagem: g1.globo.com

A história da Guarda Suíça

Após o saque a Roma e ao Vaticano, a Guarda Suíça foi dissolvida em 5 de junho de 1527 como parte das exigências do imperador Carlos V para a liberação do papa Clemente VII, refugiado no Castelo de Santo Ângelo.

Em 3 de fevereiro de 1548, o papa Paulo III recria a Guarda Suíça com um efetivo de 225 homens.

O papa Pio V enviou a Guarda Suíça na coalizão de tropas para combater os turcos otomanos na Batalha de Lepanto, em 7 de outubro de 1571. A vitória desta batalha representou o fim da expansão islâmica no Mediterrâneo.

Em 1798, Napoleão conquista o Vaticano, exila o papa Pio VI na cidade francesa de Valence e obriga o papa a dissolver a Guarda Suíça.
Em 1799, Pio VI morre no exílio e no ano seguinte o exército austríaco expulsa os franceses de Roma. Postos em liberdade, os cardeais reúnem-se em Veneza e em 1800 elegem o papa Pio VII, que reconstitui a Guarda Suíça em 1801 com os 64 milicianos que haviam permanecido no Vaticano.
Em 1809, as tropas de Napoleão novamente conquistam Roma e prendem Pio VII, que é obrigado a dissolver mais uma vez a Guarda Suíça. O papa Pio VII é aprisionado em Savona (Itália) e depois transferido para a cidade francesa de Fontainebeau, sendo libertado em 1814, com a derrota de Napoleão diante da aliança militar encabeçada pelos russos, ingleses e austríacos. Em 24 de maio de 1814, Pio VII retorna ao Vaticano e reconstitui a Guarda Suíça, que estava dispersa.

Em 1824, o papa Leão XII aumenta o efetivo da guarda para 200 integrantes.

Em 1848, os então 153 homens da Guarda Suíça defenderam o papa Pio IX dos ataques dos republicanos revolucionários italianos à residência papal (Palácio do Quirinal).
Entre 756 e 1870 os Estados Pontifícios, tendo Roma como capital, eram um dos governos autônomos que compunham a Península Itálica antes da unificação da Itália. Em 20 de setembro de 1870, após fracassadas negociações com o papa Pio IX, o governo italiano invade e conquista sem resistência os Estado Pontifícios, havendo luta apenas na tomada de Roma. A Guarda Suíça concentrou-se no Vaticano, mas Pio IX preferiu render-se sem luta. O acordo de rendição permitiu a continuidade do livre exercício da Guarda Suíça, além da Guarda Nobre Pontifícia e da Guarda Palatina de Honra (organizações militares que existiam no Vaticano nesta época).

Quando a Alemanha nazista ocupou Roma em setembro de 1943, a Guarda Suíça e as outras unidades (Guarda Palatina e Guarda Nobre) que na época constituíam as formas armadas papais foram colocadas em estado de alerta, com aumento no número de postos de vigia. As alabardas e espadas foram substituídas por espingardas Mauser com baionetas e cartucheiras. Embora as tropas alemãs patrulhassem o território italiano até a Praça de São Pedro, não houve tentativa de invasão pela fronteira do Vaticano nem confronto com as tropas alemãs. Nessa época a Guarda Suíça contava com 60 homens, podendo oferecer uma resistência meramente simbólica.

Imagem: simplesvirtude.wordpress.com

Se quiser saber mais sobre a passagem secreta usada pelo papa e os guardas suíços em 1527, acesse o link abaixo:
http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/01/a-passagem-secreta-dos-papas.html 


Prestando continência para a hóstia consagrada
Imagem: salvemaliturgia.com

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Vídeo:

Juramento de novos guardas suíços
( 3:03 )


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Fontes primárias:

Wikipédia
Guarda Suíça

Heróis Medievais
Os Guardas Suíços

Partilhando Nossa Fé
Guarda Suíça

G1.Com
Recrutas da Guarda Suíça fazem festa no Vaticano

Canção Nova
Discurso à Guarda Suíça Pontifícia – 07/05/2012

Comunidade Católica Pantokrator
Guarda Suíça procura voluntários no Facebook

Paróquias de Portugal
Guarda Suíça faz hoje 500 anos

Denúncias Críticas
O serviço militar no Vaticano

O site Catolicismo traz, em 6 páginas, matéria sobre a história da Guarda Suíça e Vaticano:

O heróico pequeno exército do papado

 “Muralha móvel” em defesa da cristandade

Comemorações no 5º Centenário da Guarda Suíça

Os corajosos guardas resistentes ao saque de Roma

A Guarda Suíça no longo e atribulado pontificado de Pio VI

A Guarda Suíça na época do Beato Pio IX


Fontes secundárias:


Wikipédia
Vaticano

Wikipédia
Alabarda

Wikipédia
Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano

Wikipédia
Gendarmaria

Rádio Vaticana
Papa à Gendarmaria: “Acolha com gentileza os peregrinos e visitantes que chegam ao Vaticano”

Wikipédia
Saque de Roma

Wikipédia
Palácio do Quirinal

Wikipédia
Estados Pontifícios

História do Mundo
A unificação italiana

Wikipédia
Questão Romana

sábado, 19 de janeiro de 2013

Ferrovias - Associações ferroviárias

Abandono e resistência nas ferrovias brasileiras

Imagem: my.opera.com

O sistema ferroviário não é composto apenas por locomotivas, vagões e trilhos. Pontes, viadutos, túneis, obras de contenção de encostas, estações ferroviárias, oficinas, vilas de funcionários, escolas, hospitais, instituições sociais como bandas de música e times de futebol, além de veículos de apoio como ambulâncias e caminhões, entre outros, compõe o complexo material e humano ligado às ferrovias.
O atual abandono do sistema ferroviário não é somente falta de inteligência e desperdício de recursos, é uma traição e desrespeito à dedicação, energia e tempo dos ferroviários que implantaram e mantiveram uma estrutura eficiente enquanto lhes foi possível.

Na época da privatização, o material ferroviário não foi abandonado ou reunido de qualquer maneira. Presenciei na cidade onde vivo a forma cuidadosa com que veículos e o material necessário para a manutenção foram guardados dentro de galpões ou nos locais destinados para essa finalidade e anos depois ali se encontravam, cobertos pelo pó, enferrujando devido à falta de uso ou manutenção, apodrecendo aos poucos no vácuo criado entre a incapacidade e lentidão do governo em terminar os inventários necessários para finalizar a burocracia que permitiria a venda ou utilização do material e a falta de interesse dos empresários em otimizar os recursos que possuíam, pois se concentram nas poucas rotas que lhes dão lucro a curto prazo, quase sempre no transporte de minério, soja ou produtos químicos.
A relação dos materiais existentes foi feita rapidamente na época que antecedeu às privatizações pelos funcionários do baixo escalão, que trabalhavam diretamente com o material. Os chefes e gerentes do médio escalão as reuniram e repassaram para o alto escalão com considerável rapidez, deixando de constar na ocasião os locais onde o serviço desorganizado não conseguiu transmitir a tempo as informações necessárias.
No alto escalão do governo, composto por funcionários públicos concursados, desmotivados ou incapazes, por diretores com pouco ou nenhum conhecimento técnico, indicados por apadrinhamento político, além dos políticos corruptos que aceitaram propinas para aprovar certas decisões, é que se deu a injustificável demora e descaso com as informações que poderiam aumentar o valor das ferrovias quando de suas vendas ou evitar que o material que se encontrava em perfeito estado de conservação e uso fosse desperdiçado.

Ferroviários aposentados e da ativa, além de simpatizantes, sentindo-se traídos e indignados, se uniram e criaram organizações não governamentais em diversos pontos do Brasil para preservar material, documentação, instalações e o que mais contribuísse para manter a memória e a esperança para as ferrovias brasileiras.
Estes grupos se mantiveram inicialmente apenas com as contribuições dos associados. Com o passar dos anos e diante dos resultados eficientes e sérios de suas ações, vêm conseguindo apoio financeiro de empresários e recentemente capital governamental através de programas culturais, principalmente na preservação das estações ferroviárias. Essas estações sempre foram cobiçadas pelo mercado imobiliário por situarem-se geralmente em amplas áreas centrais e planas, com alto valor financeiro e estratégico na malha urbana.
As associações de preservação ferroviária não têm uma organização centralizada, o que faz com que percam eficiência e representação política, mas vêm se integrando através de seminários, encontros e eventos comemorativos, trocando experiências, compartilhando dificuldades e soluções, ganhando visibilidade na mídia e apoio da população.

O que une todas essas entidades e pessoas é um sincero e profundo respeito e amor pela atividade ferroviária e o desejo de que esta possibilidade de transporte não acabe para as futuras gerações.
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Sites:

Associação Brasileira de Preservação Ferroviária ( ABPF )
http://www.abpf.org.br 

Movimento de Preservação Ferroviária ( MPF ) 
http://www.mpfbrasil.com.br   

Clube Amantes da Ferroviária
http://www.amantesdaferrovia.com.br   

Amigos do Trem
http://www.amigosdotrem.com.br  
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Vídeos:

Preservação ferroviária no Brasil
Curta-metragem editado em 2010 com imagens captadas entre 1989 e 1990 para um registro histórico da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) sobre os primeiros trabalhos de preservação ferroviária no Brasil.
( 17:00 )
https://www.youtube.com/watch?v=F9Ld62l-tTk  

Trem de Prata (1995)
Vídeo mostrando um pouco da rotina de luxo proporcionada pelo Trem de Prata, que fazia a viagem ligando Rio de Janeiro e São Paulo.
( 5:19 )
https://www.youtube.com/watch?v=M_Bbzc0fQ5o   

Viagem de trem ( Belo Horizonte - Vitória )
Uma viagem ferroviária possibilita um conforto e uma interação com o trajeto e com as outras pessoas que não se consegue em uma viagem rodoviária.
( 5:17 )
https://www.youtube.com/watch?v=S0AccAFfGmg    

sábado, 12 de janeiro de 2013

A passagem secreta dos papas

Passetto di Borgo

Passetto di Borgo (Interior)
Imagem: atlasobscura.com

A passagem secreta do Vaticano

Durante séculos, em caso de perigo de suas vidas, os papas podiam fugir de seu palácio através de uma passagem secreta a 10 metros de altura e com 800 metros de comprimento, que os levavam do Palácio do Vaticano até à Fortaleza de Santo Ângelo.

Esta passagem foi construída no interior de uma antiga muralha e é conhecida como “Passetto di Borgo” (“Corredor de Borgo” em italiano) ou simplesmente “il Passetto” ("A pequena Passagem"). Borgo é um distrito histórico de Roma, que tem sua fronteira com o Vaticano demarcada pela muralha com a passagem em seu interior.

A muralha onde foi construída a passagem originou-se na metade do século VI. Após o Vaticano ser saqueado pelos Sarracenos, no ano de 852, o Papa Leão IV ampliou a muralha para proteger melhor a cidade, deixando-a com 3 quilômetros de comprimento e 44 torres. Hoje, apenas alguns blocos de pedra da estrutura original são preservados.
Em 1277, o Papa Nicolau III ordenou a reforma desta muralha e construção da passagem acima desta, começando a atuar como ligação entre o Palácio Apostólico e o Castelo de Sant'Angelo. Em 1492 o Papa Alexandre VI patrocina a construção de um passeio superior sobre a passagem, que até então era aberta, transformando-a em uma galeria secreta área e simulada, sem que chamasse a atenção na arquitetura da cidade e dificultasse quem estivesse de fora ver quem passasse por dentro.
Do exterior você pode ver apenas uma parede, às vezes parecendo um aqueduto, mas seu interior é uma longa galeria para ser usada como rota de fuga por papas em perigo.

O Papa Alexandre VI a utilizou em 1494, quando o rei da França, Carlos VIII, invadiu a cidade.
Também o Papa Clemente VII, atacado por Carlos V, escapou juntamente com alguns cardeais para a segurança do Castelo de Sant'Angelo por essa passagem quando tropas do imperador do Sacro Império Romano-Germânico saquearam Roma e o Vaticano em 1527 e massacraram quase toda a Guarda Suíça nos degraus do altar-mor da Basílica de São Pedro. O castelo tornou-se o refúgio do Papa por sete meses, até que a peste surgida na cidade fizesse com que o cerco fosse levantado. Mesmo assim, para conseguir sua liberdade, foi exigida uma rendição formal e pagamento de 400 mil ducados.

Em 2000, como parte das comemorações do ano do Jubileu, séculos depois de ser construída, esta famosa obra de engenharia militar do Renascimento, também conhecida como “o corredor aéreo”, está aberta à visitação pública com hora marcada.

A passagem secreta no Vaticano (em vermelho)
Imagem: saintpetersbasilica.org

Para mais imagens, baixe a apresentação no link abaixo.
• Após acessar o link, ignore a mensagem informando erro para visualizar o documento, se esta aparecer. O problema é apenas na visualização, mas o documento está disponível para ser baixado sem problema.
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Link para baixar o PowerPoint:
Passetto di Borgo

Passetto di Borgo (Visão a partir do Castelo de Santo Ângelo)
Imagem: en.wikipedia.org

A muralha com a passagem em seu interior
Imagem: elmonilloviajero.blogspot.com

Castelo de Santo Ângelo
Imagem: pt.wikipedia.org

Fontes:

Hoje Conhecemos...
Castelo Sant’Angelo, Roma, Itália

Castelo de Sant’Angelo
(Em italiano. Necessário o uso do tradutor do navegador da Internet.)

Wikipédia
Passetto di Borgo
(Em inglês. Necessário o uso do tradutor do navegador da Internet.)

Virtual Roma
O Passetto
(Em italiano. Necessário o uso do tradutor do navegador da Internet.)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cozinha mineira

Comida mineira
PowerPoint (PPS)
Autor: Sylvio Bazote

Imagem: caminhosdavi.blogspot.com

A cozinha mineira

Nas férias escolares da minha infância viajava para a casa de “tias” de consideração em Goianá ou Ibitipoca. Talvez pela minha pouca idade na época, recordo de ambos os lugares como se fossem o mesmo, com semelhantes rotinas e organização dos móveis e utensílios domésticos. Destas agradáveis lembranças, a que se destaca é a da cozinha como coração da casa!
A cozinha era o centro da casa e nela reinava soberano o fogão de lenha, bem feito e conservado, com os metais pintados de preto, a alvenaria em vermelho e o cano de cobre que por ele passava brilhando polido.
As casas ainda não tinham energia elétrica e era a cozinha que centralizava as atividades e convívio das pessoas durante o dia e, principalmente, durante a noite. Nela ficava a moringa de barro e canecas de alumínio com água fresca para diminuir o calor do dia (lembrando que não existia geladeira) e os potes com deliciosos doces. A iluminação noturna era feita por lampiões de querosene e era na cozinha que todos se reuniam à noite, em volta da grande mesa de madeira rústica, para conversar no cômodo mais iluminado da casa, clareado pelas chamas do fogão de lenha.
Não me lembro deste fogão apagado uma única hora! Entre o café da manhã, almoço, café da tarde, janta e café da noite, quando não estava esquentando uma refeição, bolo ou doce, estava com tampas e porta abafando o fogo, conservando em seu interior as brasas vivas, que bastava um capim seco e cheiroso juntamente com madeira nova para soprar e facilmente reacender o fogo.
Eu gostava particularmente do café no meio da tarde quando, para meu delírio, normalmente era feito um bolo com sabor sempre variado e algum tipo de doce (de leite, laranja, manga, abóbora, mamão, goiaba e outros que não me lembro mais). A demora no feitio dos doces fazia aumentar ainda mais seu sabor quando prontos.
O fogão à lenha fornecia todo tipo de conforto: por ele passava a serpentina (cano de cobre) que esquentava a água do chuveiro no banho antes de deitar. Além de iluminar, era ele que esquentava a cozinha queimando galhos de eucalipto para deixar cheirosa e aconchegante a casa fechada nas frias noites de inverno. Era este mesmo fogão que produzia café sempre fresco e deliciosas broas de milho que acompanhavam a jogatina de Buraco noite adentro.
Por tudo isso, para mim a cozinha é a essência do lar mineiro.

Cozinha da casa de Guimarães Rosa (Cordisburgo)
Foto: Sylvio Bazote

A comida mineira

Famosa como uma das mais características do Brasil, a comida mineira reúne simplicidade, sabor e tradição, que remonta à época do ciclo do ouro e pedras preciosas, resultado do encontro de diferentes raças e culturas que, entre a necessidade de se comer bem com pouco tempo e recursos disponíveis, moldaram a culinária mineira.
O tempo passou, os costumes evoluíram e a cozinha mineira manteve suas características, ganhando destaque dentro e fora do Brasil. Os restaurantes especializados em seus pratos típicos se multiplicaram em fazendas, hotéis, pousadas e nas cidades, onde as pessoas buscam resgatar o sabor das tradições.
A simplicidade marcante da culinária mineira e seu sabor característico estão intimamente ligados ao período colonial. O modo de preparo e os temperos fáceis garantem a confecção de pratos típicos, ricos e variados, como diferentes tipos de linguiça, o torresmo, o feijão tropeiro e o frango com quiabo, angu e couve, sem falar nos queijos, doces, bolos, broas e o apreciado pão de queijo. A cachaça mineira ganhou destaque como bebida apreciada pelo europeu e exportada para diversas partes do mundo.

Em Minas, as receitas familiares passam, de geração em geração, através de cadernos cuidadosamente escritos a mão com letras caprichadas, onde são registrados os segredos de sua culinária. A hora das refeições é o momento dos encontros familiares, das “prosas” e da integração entre as pessoas.
Por causa das origens históricas da constante busca pela riqueza rápida e altos preços praticados por ambiciosos mercadores, os habitantes de Minas Gerais criaram um jeito mais fácil e barato de comer. Os pratos mineiros mais tradicionais são os provenientes do fundo do quintal de casa (frango, porco, feijão, milho, mandioca e verduras). Outra característica que se arrasta pelo tempo é a fartura. Come-se muito bem nas casas mineiras, onde uma visita é obrigatoriamente seguida de café fresco, broas de milho, pão de queijo e doces em compotas com queijo branco. Essa tradição é ainda mais forte no interior.

Imagem: tudosobreculinaria007.blogspot.com

História da culinária mineira

Durante o século XVIII o Brasil viveu o ciclo do ouro com a descoberta das riquezas minerais em Minas Gerais. O ouro e o diamante atraíram milhares de pessoas de diferentes regiões do Brasil e Portugal, interessadas em ganhar dinheiro com o garimpo. A região da atual Minas Gerais na época era pouco explorada e os índios ofereciam resistência aos exploradores. Em pouco tempo as áreas de mineração se tornaram o mais importante centro econômico do Reino Português, o que fez com que as atividades produtivas de outras regiões brasileiras se integrassem em um comércio que trazia comida, roupas, ferramentas e artigos de luxo para Minas Gerais.
Com a rápida imigração de grande número de pessoas, as cidades ficaram superlotadas e consequentemente ocorreu falta de alimentos. Nas terras afastadas das cidades, ainda sem donos e procuradas pelos chegados à região, a situação era ainda mais difícil para se conseguir comida. Na ânsia de tornarem-se ricas rapidamente, as pessoas preferiam garimpar ao invés de gastar tempo plantando, cuidando e colhendo alimentos. As terras irrigadas, próximas aos rios não eram usadas para plantações, pois eram as que ofereciam ouro de forma mais fácil e rápida, sendo controladas com pessoas armadas pelos ricos. Em locais onde se iniciava o plantio e surgisse algo no solo que parecesse ouro ou diamante, a plantação era destruída pelos plantadores ou outras pessoas em busca de riquezas. Existem registros das autoridades portuguesas de imigrantes que morreram com a barriga vazia e a bolsa cheia de ouro.
O isolamento dos locais, dificuldades de alimentação e insegurança com violência e roubos levaram a desistência e retirada de muitos mineradores. Para incentivar e organizar a extração das riquezas minerais, a Coroa Portuguesa criou povoações, com destacamentos militares e instituições burocráticas, o que incentivou uma nova leva de exploradores. As primeiras vilas como Mariana, Ouro Preto, Sabará, Diamantina e São João del-Rei, entre outras, surgiram nos locais da mineração. Havia grande quantidade de escravos usada como mão-de-obra para a exploração mineradora em rios e minas. Juízes, militares, funcionários públicos, profissionais liberais, comerciantes e artistas formavam a sociedade de Minas Gerais.
A falta de espaço nas vilas e povoados nas montanhas ao redor das minas fez surgir pequenas hortas e pomares onde alimentos de fácil cultivo como mandioca, couve, taioba, feijão, milho, inhame, abóbora, banana, laranja, goiaba, jabuticaba e outras frutas forneciam o sustento diário. Animais de pequeno porte e baixo custo de manutenção como o porco e galinha também eram criados no limitado espaço das casas. Destes eram usadas as carnes e ovos para o preparo dos mais diversos pratos. Até hoje as carnes dos típicos pratos mineiros são baseadas em galinha, porco e seus derivados.
Pratos como  leitão a pururuca, linguiça frita, couve refogada, tutu de feijão, frango com quiabo, vaca atolada (caldo de mandioca com costela de boi), angu e compotas de frutas fazem da culinária mineira uma das mais fáceis de serem reconhecidas através do seu sabor e características peculiares.
O sal era escasso e caro, por isso usava-se pouco deste ingrediente e foram criados pratos feitos à base de temperos fáceis e baratos como raízes, salsa, cebolinha, urucum e outros brotos nativos. Assim, a cozinha mineira se fez sem requintes, com os ingredientes nascendo no quintal de casa, tendo a criatividade como ingrediente mais importante.

A constante e desgastante atividade de mineração é uma das explicações para o costume de fazer cinco refeições por dia: café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e café da noite.
Diferentes tipos de bolos, roscas, broas, biscoitos, queijos, requeijões, doces, além de café, licores e cachaças, entre outros alimentos característicos das refeições que não eram as duas principais com pratos salgados receberam a designação popular de quitutes. O lugar onde se vendiam esses alimentos tornaram-se conhecidos como quitandas, que posteriormente acabou por designar também esse tipo de comida.
O termo quitanda tem origem africana (do dialeto quimbundo “Kitanda”), designando o tabuleiro em que se expunham os diversos alimentos em feiras livres ou dos vendedores ambulantes. A palavra quitute, também de origem africana (do dialeto banto “Kitutu”), designa um alimento refinado e valioso, que foge à alimentação consumida pela necessidade de sobrevivência, significando também indigestão.

Loja de doces (Araxá)
Foto: Sylvio Bazote

A cozinha das fazendas e a cozinha dos tropeiros

Para conhecer a cozinha mineira deve-se caminhar por duas trilhas: uma que leva à fazenda e outra aos tropeiros.

A cozinha que se faz nas fazendas é molhada, composta por pratos suculentos que são em geral acompanhados de caldos e molhos. O angu e a couve são pratos habituais e necessários, as carnes são geralmente refogadas e servidas com caldos; a verdura é farta pois não se concebe uma fazenda sem hortas em Minas Gerais. Nas fazendas tinha-se grande variedade de alimentos à mão e podia-se ter diariamente verduras e legumes frescos, sempre picados na hora de refogar para não perder o suco e manter suas cores fortes, que apuram o paladar e encantam os olhos. Na cozinha da fazenda, destacam-se o frango ensopado com quiabo, a couve e o imprescindível angu. Têm-se ainda as carnes ensopadas como a costelinha e a rabada; a canjiquinha e os brotos nativos como o ora-pro-nóbis (conhecido como carne dos pobres devido ao alto teor de ferro e proteínas), couve, taioba e o agrião. Tudo isto entremeado com pimentas e diferentes cachaças; hábitos originários do nordeste brasileiro.
No final do século XIX a expansão das fazendas leiteiras inclui de maneira definitiva o leite e seus derivados no cardápio do mineiro. O queijo passa a ser o símbolo maior das iguarias, bem como outros derivados do leite, como doce de leite, ambrosia, coalhada e o pão de queijo.

A cozinha que alimentava os tropeiros é seca. A tropa era o conjunto de mulas conduzidas por comerciantes (tropeiros) que traziam e levavam o precioso e raro sal, ferramentas, tecidos, cachaças, sementes, vasilhames e tudo que se necessitasse e fosse possível transportar para comercializar. A cozinha volante era acondicionada em bolsas de couro cru (bruacas) no lombo das mulas. Para não apodrecer durante as longas viagens, que às vezes demoravam semanas, a alimentação dos tropeiros era composta de produtos secos e duráveis. A farinha era hábito de primeira necessidade dentro dos seus embornais. Muitas vezes, para aliviar o peso das mulas, parte do carregamento de farinha com carne seca era acondicionado em embornais de couro e amarrado em galhos de árvores (para ficar fora do alcance dos animais) nos locais de acampamento para a viagem de volta.
As carnes eram previamente desidratadas com sal ou já feitas e guardadas em recipientes com gordura para se conservarem. Na fase inicial da viagem, misturava-se o feijão (quando este ainda não estava azedo dependendo do tempo de viagem) à farinha com carne seca, originando o feijão tropeiro. Caldeirões de ferro eram dependurados sobre fogueiras e fazia-se a refeição usando também o que se encontrava pelos caminhos, como brotos nativos e caças. A cachaça era acompanhamento certo para diminuir o cansaço do dia e o frio da noite.

Imagem: lendasdecaissa.blogspot.com

A geografia da culinária mineira

O norte de Minas, na extensão das margens do Rio São Francisco, com suas muitas fazendas de gado de corte, oferece diferentes receitas e tipos de peixes e carne de sol. Na região do Cerrado Mineiro reina o pequi, consumido largamente com arroz ou através de seu licor. Do Triângulo Mineiro, a tradição doceira de Araxá com suas compotas de frutas e a abundância do milho, chamado de "ouro em penca" que produz receitas de pamonhas, o tradicional angu lavado, bolos, mingaus e broas. O sul de Minas, além da riqueza agrícola do solo fértil, mostra vocação ao gado leiteiro e ganhou fama com seus laticínios e finos doces à base de leite. Na Zona da Mata, a tradição do plantio da cana e as melhores goiabadas. O nordeste de Minas nasce com o Rio Jequitinhonha e o Rio Doce e por lá se tem de tudo um pouco do que é tão típico em cada canto de Minas. Talvez, por conta de tantas e tamanhas montanhas, por lá permaneceram as mais preciosas tradições da cozinha mineira!

O ouro fez com que as atividades produtivas das diferentes regiões brasileiras se integrassem em um comércio que trazia para Minas Gerais comida, roupas, ferramentas e pequenos luxos. Os bandeirantes de São Paulo descobriram as riquezas. No Rio de Janeiro estavam os portos mais próximos para a saída do ouro para a Europa e a entrada de mercadorias estrangeiras e escravos vindos da África. Os fazendeiros da região nordeste traziam o gado e também produtos agrícolas para comercializar com os mineradores. Do norte vieram trabalhadores atrás de riquezas. Do sul do país, os tropeiros gaúchos forneciam carne bovina e mulas para o transporte.
A culinária mineira é o resultado da mistura dos hábitos dos índios aprisionados, dos escravos africanos, da população de todas as regiões brasileiras, além da influência dos estrangeiros. As receitas vindas de diversas partes do Brasil sofreram mudanças e adaptações motivadas pelas necessidades e possibilidades de diferentes áreas e épocas, construindo a culinária de Minas Gerais.
Os primeiros vestígios da cozinha mineira começam a se formar por mãos indígenas e africanas. São de suas culturas os utensílios rústicos e de manuseio simples como gamelas (recipientes de madeira), balaios de palha e bambu, potes de madeira e barro, além de panelas de barro e pedra. O rápido entrosamento entre os hábitos alimentares de nativos e negros forneceu a base dos ingredientes de cultivo simples, como mandioca, batata, inhame, milho, taioba e couve, além de temperos resistentes às mudanças climáticas e de fácil disseminação, como urucum e outros brotos nativos. Estes ingredientes foram complementados com frutas tropicais como banana, laranja, goiaba, jabuticaba e manga. Brasileiros de outras regiões trouxeram seus pratos e temperos regionais e os portugueses contribuíram com as ervas finas e temperos típicos do comércio de especiarias desenvolvido com os asiáticos.
A influência portuguesa marcará presença lentamente na cozinha e hábitos do cotidiano mineiro. Isto se deve ao fato de que estes não se ocupavam do trabalho como mão-de-obra, mas da sua organização e fiscalização. Esta influência virá de forma mais definitiva à medida que a descoberta de quantidades cada vez maiores de minerais preciosos motiva a chegada e fixação das famílias portuguesas que, através de suas senhoras, trazem novas receitas, louças e impõem toques de requintes nas mesas mineiras.
Resulta desta mistura de culturas nos primeiros tempos da culinária mineira o uso abundante do limão e da cachaça no preparo das carnes, sem o uso de temperos fortes, de pouco sal e gordura só para refogar e conservar as carnes, colorida pelo urucum e pelos brotos nativos, com um sabor que fez fama além de suas montanhas.

Restaurante em Bichinho (Distrito de Prados)
Foto: Sylvio Bazote

Pratos típicos da cozinha mineira

As receitas mais características da culinária mineira são:

• Pão de queijo
• Frango com quiabo
• Couve e angu
• Torresmo à pururuca
• Linguiças
• Tutu de feijão à mineira
• Feijão tropeiro
• Canjica

A origem do pão de queijo se confunde com a origem da culinária mineira, adaptando-se às necessidades e acompanhando a evolução dos ingredientes: primeiro surgiu a goma, vinda da mandioca na forma de polvilho doce ou azedo; depois acrescentando o sal, ovo, leite, nata, manteiga e por último o queijo, que aos poucos incorporou-se ao biscoito de goma. As cozinheiras das fazendas preparavam os biscoitos no século XVIII, moldados em pequenas bolas e assados.

Imagem: historiasdecomidas.blogspot.com

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Comida Mineira 

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Fontes:

Cozinha Mineira
A história da cozinha mineira

Coração Mineiro
História da comida mineira

Guia Me
Conheça a história da cozinha mineira

Todo Sabor
Curiosidades da comida mineira

Culinária Brasileira
Culinária mineira

Quitandas de Minas
O que é quitanda para o mineiro?
http://quitandasdeminas.blogspot.com.br/quitanda-palavra-de-origem-africana 

Minas Train
Frango com quiabo e angu é um bom motivo para gula

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Vídeos:

Documentário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Comida mineira
( 4:32 )


Nestlé
O melhor lugar do mundo
( 1:04 )

A cozinha está no coração do mineiro!

Imagem: tremdos7.wordpress.com